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SÃO PAULO – A euforia do mercado com uma possível vitória de Jair Bolsonaro (PSL) na eleição já é visível desde antes do primeiro turno e até agora, a cada nova pesquisa mostrando o deputado mais próximo de ser eleito a bolsa sobe e o dólar cai. Mas até onde tem espaço esta empolgação com ele?
Para o Credit Suisse, pelo menos no câmbio, ainda é possível ver novas mínimas nos próximos meses. Mesmo com essa projeção, os analistas se dizem cautelosos por conta da rapidez com que o mercado esta reprecificando os ativos por conta da política. Por isso, a expectativa é que o dólar fique limitado a uma queda até os R$ 3,50.
Para a equipe do banco, uma vitória de Bolsonaro seria “construtiva” para o real. Os analistas dizem que ainda há um prêmio alto de posições compradas sobre os vendidos em dólar, o que reforça a tese de que ainda há espaço para o dólar cair ainda mais após a definição do segundo turno.
Estes R$ 3,50 seria o valor limitado para o dólar nos próximos três meses, mas que antes a moeda enfrentará duas importantes resistências, entre R$ 3,6670 e R$ 3,6888 e nos R$ 3,6265.
Para que a divisa mantenha a trajetória de queda pós-eleição, porém, o Credit Suisse aponta quatro pontos que precisam de uma certeza maior: reforma da Previdência; o trabalho de Paulo Guedes; resolução da guerra comercial entre EUA e China; e a reação da população sobre as propostas de Bolsonaro. Se estes pontos tiverem um andamento positivo, a moeda tenderá a cair mais.
Por fim, o Credit termina falando existe a chance de Bolsonaro não ser eleito, mas que isso parece um “tiro no escuro” diante das mais recentes pesquisas eleitorais. De outro lado, os analistas avaliam, porém, que se o candidato do PSL vencer por uma margem mais apertada que a esperada, pode diminuir a empolgação e limitar ainda mais a queda do dólar nos próximos meses.
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