Bolsas da Europa fecham na maioria em alta, com CPI da zona do euro e inflação desacelerada

O CPI da zona do euro recuou 0,6% em novembro, na comparação com outubro

Estadão Conteúdo

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As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta nesta terça-feira, 19, em sessão com destaque para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) na região. A leitura da zona do euro deu sinalizações de uma desaceleração na inflação, o que fortalece perspectivas de uma maior flexibilização monetária na medida em que os CPIs se encaminham para perto da meta de 2%.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,36%, a 477,04 pontos.

O CPI da zona do euro recuou 0,6% em novembro, na comparação com outubro. Analistas ouvidos pela FactSet previam baixa de 0,5%. Na comparação anual, houve alta de 2,4%, como esperado, o que representa desaceleração após a alta de 2,9% vista em outubro. Por sua vez, a AJ Bell lembra que os acontecimentos no Mar Vermelho, onde empresas como a Maersk e a BP estão desviando navios graças a uma série de ataques, “são um lembrete do impacto do conflito em curso no Oriente Médio e podem muito bem funcionar como uma nova pressão inflacionária – como uma perturbação cadeia de suprimentos leva a um custo mais alto dos produtos”. Em Frankfurt, o DAX subiu 0,56%, a 16.744,41 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,08%, a 7.574,67 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve alta de 0,41%, a 30.363,53 pontos. Em Madri, o IBEX 35 ganhou 0,52%, a 10.106,70 pontos. Já o PSI 20 recuou 0,30%, a 6.365,20 pontos, em Lisboa.

Segundo informou a Reuters, a redução das taxas de juros do BCE deve acontecer em algum momento de 2024, disse o presidente do Banco da França e membro do BCE, François Villeroy, nesta terça-feira. Villeroy também reafirmou à rádio France Inter que a inflação deverá voltar a cair para 2% até 2025. “Vou dizer isto muito claramente esta manhã – isto não é apenas uma previsão, é um compromisso. Traremos a inflação de volta para 2% até 2025, no mais tardar”, afirmou Villeroy.

O CPI do Reino Unido está marcado para ser divulgado na madrugada desta quarta-feira, 20. A AJ Bell aponta que leitura deverá definir o tom para as expectativas de taxas no país no próximo ano – qualquer valor abaixo da previsão de 4,3% poderá apoiar as ações do Reino Unido, mas um número acima desse nível poderá fazê-las tropeçar à medida que nos aproximamos do final do ano. Nesta terça, o FTSE 100 subiu 0,31% em Londres, a 7.638,03 pontos.

Em seu primeiro discurso no posto de vice-presidente para Estabilidade Financeira do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Sarah Breeden afirmou nesta terça que observará os dados de modo pragmático, para as próximas decisões de política monetária. A dirigente, porém, acrescentou que “será importante que a política monetária seja restritiva por um período prolongado, a fim de que a inflação retorne de modo sustentável à meta de 2% no médio prazo”.