Bolsas da Europa fecham em queda, diante de sinalizações de juros restritivos por mais tempo

Hoje pela manhã, a presidente do BCE afirmou que ainda existem riscos importantes para as perspectivas econômicas do bloco

Estadão Conteúdo

(Getty Images)
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As bolsas da Europa fecharam nesta sexta-feira, 10, em baixa, com o FTSE100 recuando mais de 1%, na esteira de preocupações com taxas de juros altas por mais tempo, após os presidentes de Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, terem sinalizado que os juros básicos podem não ter chegado ao pico.

Em Londres, o FTSE 100 caiu 1,28%, aos 7.360,55 pontos. Em Frankfurt, o DAX caiu 0,77%, aos 15.234,39 pontos. Em Paris, o CAC 40 recuou 0,96%, aos 7.045,04 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve perdas de 0,34%, aos 9.372,80 pontos.

Em Milão, o FTSE MIB perdeu 0,49% hoje, aos 28.504,43 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve queda de 0,27%, aos 6.251,00 pontos hoje. Na semana, apenas o DAX acumulou ganhos, os demais índices caíram. As cotações são preliminares.

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Hoje pela manhã, Lagarde afirmou que ainda existem riscos importantes para as perspectivas econômicas do bloco, e reforçou que os juros devem ficar em território restritivo por bastante tempo até a inflação retornar à meta de 2% ao ano de forma sustentada.

A mensagem amplificou o efeito nos mercados de declarações de Powell, que ontem reforçou que a resiliência econômica dos EUA pode forçar a autoridade monetária a subir juros outra vez.

Neste cenário, os rendimentos dos bônus europeus tiveram alta e pressionaram os índices acionários, que se descolaram dos ganhos observados em Nova York.

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Entre as principais perdas em Londres, as ações da Diageo despencaram 13,75%, após gigante de bebidas britânica projetar menor lucro à frente. “É uma raridade ver a Diageo dar más notícias, mas nenhuma empresa está imune a contratempos e a gigante das bebidas confirmou que a vida não está indo muito bem”, escreveu Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell.

Na esteira, outras empresas de bebidas europeias também recuaram, entre elas a Pernod Ricard (-5,36%), que produz bebidas como Absolut, Chivas Regal e Ballantines. A também francesa Remy Cointreau caiu 3,88%.

Com o mau humor alimentado pela política monetária, dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido melhores do que o esperado ficaram em segundo plano, visto que ainda indicam uma estagnação econômica no país. A alta do petróleo hoje também não foi suficiente para reverter o ímpeto negativo das bolsas, apesar de grandes petroleiras terem subido.

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