Bolsas da Europa fecham em baixa pós recordes, com payroll, relatório do BCE e Trump

Além disso, o relato de que o presidente americano, Donald Trump, planeja implementar tarifas recíprocas foi observado.

Estadão Conteúdo

Imagem mostra gráfico do índice de preço das ações alemão DAX na bolsa de valores em Frankfurt, Alemanha, em 8 de julho de 2024. REUTERS/Staff
Imagem mostra gráfico do índice de preço das ações alemão DAX na bolsa de valores em Frankfurt, Alemanha, em 8 de julho de 2024. REUTERS/Staff

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As bolsas da Europa fecharam em baixa nesta sexta-feira, 7, recuando após altas que levaram os índices em Londres e Frankfurt a renovarem recordes históricos. A sessão contou com uma série de indicações, incluindo a publicação do relatório de empregos dos Estados Unidos em janeiro, um relatório do Banco Central Europeu (BCE) sobre taxas e declarações de dirigentes da instituição.

Além disso, o relato de que o presidente americano, Donald Trump, planeja implementar tarifas recíprocas foi observado.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,46%, a 542,35 pontos.

A queda na taxa de desemprego dos Estados Unidos e o aumento na criação de vagas – ainda que aquém do esperado -, após a divulgação do payroll norte-americano, mostram sinais “saudáveis” da economia do país e mantêm o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) afastado da retomada do ciclo de flexibilização monetária, na avaliação da Capital Economics.

As possíveis tarifas dos Estados Unidos contra a União Europeia, já prometidas por Trump, não serão, por si só, um fator determinante para um corte de 50 pontos-base nas taxas de juros, segundo o integrante do conselho do BCE, Boris Vujcic. Para ele, é necessário “conhecer o quadro completo” antes de qualquer avaliação.

Já o BCE publicou sua estimativa sobre a taxa neutra, e, como a organização já reconhece que a meta de inflação será cumprida por volta do verão europeu, isto implica que os juros convergirão com a taxa neutra nessa altura de 2%, frente os 2,75% atuais.

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O economista-chefe do BCE, Philip Lane, previu que a inflação da zona do euro deverá voltar à meta oficial de 2% “em breve”, destacando que a inflação de serviços da região veio mais fraca do que ele previa em janeiro.

Já o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, afirmou nesta sexta que a inflação de serviços continua a maior preocupação dos dirigentes. Esta persistência dos preços em nível elevado e as diversas incertezas sobre a economia global exigem a manutenção de uma “postura muito prudente” da política monetária, defendeu. Na atividade, a produção industrial alemã decepcionou ao cair 2,4% em dezembro ante o mês anterior, bem mais do que se previa.

Da temporada de balanços, a L’Oréal tombou 4,05% em Paris, onde o CAC 40 caiu 0,43%, a 7.973,03 pontos, após a multinacional francesa de cosméticos divulgar resultados de 2024 na tarde da quinta-feira.

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Em Frankfurt, o DAX recuou 0,64%, a 21.762,81 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve queda de 0,18%, a 37.055,70 pontos. Em Madri, o Ibex35 cedeu 0,44%, a 12.675,00 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,38%, a 6.509,74 pontos. Fora da zona do euro, o FTSE 100 recuou 0,31%, a 8.700,53 pontos, em Londres.