Bolsas da Europa fecham em alta, ante expectativa de pausa no aperto do BCE e do Fed

Para o ING, a fraqueza da economia sinaliza que os dirigentes europeus não precisarão elevar juros novamente

Estadão Conteúdo

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As bolsas da Europa fecharam em alta nesta terça-feira, 24, sob expectativa pausa no aperto monetário do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Investidores ainda monitoram temporada de balanços corporativos do terceiro trimestre.

Em Frankfurt, o DAX fechou em alta de 0,54%, aos 14.879,94 pontos; em Paris, o CAC 40 ganhou 0,63%, aos 6.893,65 pontos; em Madri, o Ibex 35 perdeu 0,%,29 aos 8.969,10 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,46%, aos 6.055,55 pontos. As cotações são preliminares.

Uma rodada de leituras fracas dos índices de gerentes de compras (PMIs) da Alemanha, do Reino Unido e da zona do euro chegaram a ameaçar a tentativa de recuperação das bolsas europeias, mas prevaleceu o foco sobre a próxima decisão monetária do BCE.

Para o ING, a fraqueza da economia sinaliza que os dirigentes europeus não precisarão elevar juros novamente.

O mercado acionário também ganhou impulso das bolsas de Nova York, que se mantém no azul ante apostas para manutenção nos juros do Fed, apesar de nova escalada dos rendimentos dos Treasuries e PMIs dos EUA melhores do que o esperado.

Ainda, a China, maior parceiro comercial da Europa, anunciou nesta terça-feira a emissão de 1 trilhão de yuans (cerca de US$ 137 bilhões) em títulos do governo para redirecionar recursos aos governos locais e apoiar recuperação de desastres naturais.

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Em Londres, o FTSE 100 fechou em alta de 0,20%, a 7.389,70 pontos, depois de operar em baixa durante boa parte do pregão.

A bolsa britânica foi pressionada pela queda de 6,33% do Barclays, após o banco superar expectativas do mercado de lucro e receita nos resultados corporativos do terceiro trimestre, mas decepcionar investidores ao rebaixar guidance de margem líquida de juros em 2023. Por outro lado, a ação da Anglo American fechou em alta de 1,85%, seguindo salto na produção de cobre do terceiro trimestre.

Na Bolsa de Milão, o destaque ficou para o Unicredit. O banco italiano agradou em termos de lucro e receita, além de ampliar guidance de receita para 2023 e informar sobre recompra de ações no valor de US$ 2,5 bilhões de euros (US$ 2,67 bilhões). Entretanto, o banco reafirmou projeção de lucro, alegando que deve ter custos altos de reestruturação, excedendo 500 milhões de euros, no quarto trimestre.

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Durante o pregão, a ação do Unicredit oscilou entre perdas e ganhos, antes de encerrar em alta de 1,33%. No fechamento, o FTSE MIB avançava 0,05%, a 27.572,74 pontos, conforme cotação preliminar.