Bolsas da Europa caem com ações de luxo arrastadas por LVMH

Pregão também foi marcado por reações a balanços de gigantes bancários da região

Estadão Conteúdo

Logotipo da Louis Vuitton em uma loja na avenida Champs-Elysées em Paris, França, em 15 de abril de 2024 (REUTERS/Manon Cruz/Foto de arquivo)
Logotipo da Louis Vuitton em uma loja na avenida Champs-Elysées em Paris, França, em 15 de abril de 2024 (REUTERS/Manon Cruz/Foto de arquivo)

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As bolsas europeias fecharam, majoritariamente, em queda. Paris ostentou perdas de mais de 1% após resultados da gigante de produtos de luxo LVMH pesarem sobre ações do setor, agravando o receio sobre desaceleração da demanda da China e as perspectivas do segmento. O pregão também foi marcado por reações a balanços de gigantes bancários da região, incluindo Deutsche Bank e Santander.

Em Paris, o CAC 40 caiu 1,12%, aos 7.513,73 pontos. Em Frankfurt, o DAX registrou recuo de 0,95%, encerrando o dia em 18.380,69 pontos. Em Londres, o FTSE 100 teve declínio de 0,17% e fechou em 8.153,69 pontos. As cotações são preliminares.

A LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton, maior empresa de artigos de luxo de mundo, decepcionou com resultados semestrais aquém do esperado e a ação caiu 4,66%, contaminando papéis como os da Kering, a dona da Gucci, (-4,54%), Hermès International (-2,07%) e Pernod Ricard (-1,54%)

Os bancos tiveram desempenhos distintos após balanços. O Deutsche Bank sofreu seu primeiro prejuízo trimestral desde 2020, e a ação do maior banco da Alemanha cedeu 8,63% em Frankfurt. O BNP Paribas recuou 0,94% em Paris. Embora o banco francês tenha superado expectativas de lucro e receita, a confirmação das projeções para o ano não deve levar a upgrades de recomendações entre os analistas, escreveu o JPMorgan. O espanhol Santander avançou 2,70% em Madri, após mostrar desempenho trimestral melhor do que o esperado.

Em Londres, a IAG cedeu 0,87%. A aquisição planejada da Air Europa pelo IAG está em risco depois que autoridades da União Europeia alertaram o grupo aéreo britânico na segunda-feira que não fez o suficiente para aliviar as preocupações concorrenciais do bloco, informou o Financial Times.

O ambiente pressionado refletiu ainda as quedas em Wall Street, onde a Tesla derretia depois do resultado apresentado ontem frustrar as expectativas. A Alphabet, controladora do Google, também contribuiu para o mau humor.

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Os PMIs preliminares da Europa também ficaram no radar. O PMI composto da zona do euro caiu para 50,1 em julho, mais do que se previa O PMI equivalente do Reino Unido, por sua vez, avançou para 52,7 neste mês.

O PSI 20, de Lisboa, terminou em alta de 0,65%, aos 6.898,82 pontos, puxado pelo ganho de 2,38% da EDP Renováveis. Em Madri, o Ibex 35 cedeu 0,15%, fechando em 11.196,30 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve baixa de 0,65%, aos 34.471,65 pontos. As cotações são preliminares.