Bolsa do Japão cai forte e tem circuit breaker, de olho em BoJ e EUA

Índice Nikkei, principal do país, chegou a cair mais de 7% pelo começo das negociações e Bolsa teve negociação interrompida

Equipe InfoMoney

Sede do Banco do Japão (BoJ) em Tóquio  - 18/03/2024 (Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters)
Sede do Banco do Japão (BoJ) em Tóquio - 18/03/2024 (Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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A queda nos mercados acionários do Japão entrou no terceiro dia, à medida que dados fracos de empregos nos EUA acrescentaram mais um golpe à confiança dos investidores globais, já frágil devido à valorização do iene, ao aumento das taxas de juros pelo BoJ (Banco do Japão, na sigla em inglês) e às tensões geopolíticas no Oriente Médio.

Por volta das 22h deste domingo, 10h da manhã de segunda no Japão, o índice Nikkei recuava 5,47%. O Topix chegou a entrar em circuit breaker, com as negociações interrompidas, bem como alguns títulos do governo do país. As ações a do Mitsubishi UFJ, maior banco japonês, caíram mais de 21%. Futuros americanos também são impactados e o iene japonês subia mais de 1,20% frente ao dólar.

Investidores, com a alta de juros no país asiático, estão recalculando suas posições — desmontando posições de carry trade, quando tomam ativos em locais com juros baixos (no caso, o Japão) para rentabilizar em outros com juros mais altos ou, até mesmo, em ativos de risco.

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Os índices Topix e Nikkei 225 caíram mais de 7% nas negociações matinais em Tóquio, levando suas quedas a mais de 20% nos últimos dias. As perdas dos três dias são as piores desde o tsunami de 2011 e do desastre nuclear de Fukushima.

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Todos os 33 grupos industriais caíram desde que o BoJ aumentou as taxas de juros em 31 de julho, desencadeando uma valorização do iene que lançou uma sombra sobre as perspectivas de ganhos para os exportadores. Até mesmo seguradoras e bancos, que se esperava que se beneficiassem das taxas mais altas, estão entre os maiores perdedores desde o aumento do BOJ, à medida que os mercados acionários globais despencam.

EUA também ajuda

Sinais de fraqueza na economia dos EUA provocaram uma queda em Wall Street na sexta-feira (quando o mercado asiático já estava fechado) e uma queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro. As folhas de pagamento não agrícolas aumentaram em 114.000 — um dos resultados mais fracos desde a pandemia — e o crescimento do emprego foi revisado para baixo nos dois meses anteriores. A taxa de desemprego subiu inesperadamente pelo quarto mês consecutivo, para 4,3%, desencadeando um indicador de recessão amplamente observado.

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Antes os principais impulsionadores da ascensão do mercado, os investidores estrangeiros venderam um total líquido de ¥1,56 trilhões (US$ 10,7 bilhões) em ações e futuros japoneses na semana que terminou em 26 de julho, de acordo com dados do Japan Exchange Group Inc. O Topix caiu mais de 5% durante esse período, a maior queda em quatro anos.

(Com Bloomberg)

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