Ibovespa sobe forte, mira 123 mil pontos e zera queda mensal na reta final de junho

Análise técnica do BB Investimentos afirmou que o cenário para o Ibovespa nesta semana é de indefinição

Equipe InfoMoney

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Apesar da pouca tração das bolsas norte-americanas e da fraca agenda de indicadores esvaziada nesta segunda-feira, 24, o Ibovespa avança e tenta mirar a marca dos 123 mil pontos, depois de abrir aos 121.342,74 pontos, com variação zero. A alta na carteira é quase geral. De 86 papéis, só sete caíam por volta das 11h20. Às 11h27, o Ibovespa subia 1,06%, aos 122.621,85 pontos, ante elevação de 1,24% na máxima, aos 122.839,73 pontos.

Na sexta, o Índice Bovespa subiu 0,74%, fechando aos 121.341,13 pontos, voltando a avançar na semana, após quatro recuos seguidos.

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“O problema é que não tem notícia. É um repique. Caiu por muito tempo. Basicamente sobe por fluxo de estrangeiro”, diz Pedro Moreira, sócio da One Investimentos. “Entra porque está barata e tem sinal de fluxo saindo da China”, completa Moreira.

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Apesar de ingresso de recursos do exterior na B3 em quatro pregões recentemente, a fuga de capital no primeiro semestre deve ser a maior desde 2020. “Essa entrada é temporária, não he melhora de cenário”, completa o sócio da One Investimentos.

“Sobe pois não há motivadores negativos. Está tudo calmo, e desde quarta-feira o Banco Central acalmou o cenário após a manutenção da Selic de forma unânime”, diz o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

Ao longo dos próximos dias haverá divulgações com força para influenciar os negócios no Brasil e no exterior.

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Destaque ainda para ações da Magazine Luiza (MGLU3) capitaneando os ganhos após anunciar acordo com a plataforma chinesa Aliexpress para venda de seus produtos em ambos os marketplaces.

Análise técnica do BB Investimentos afirmou que o cenário para o Ibovespa nesta semana é de indefinição. “Caso rompa sua média móvel exponencial de 21 dias (MME21), próxima aos 122 mil pontos, vemos espaço para que o movimento de alta continue”, afirmou em nota a clientes, citando que há amparo nos volumes negociados nos últimos pregões.

“Mas destacamos que a correção (de alta) da última semana, no entanto, não tira o Ibovespa de sua tendência secundária de baixa, ainda sob forte influência do fluxo de capital estrangeiro”, acrescentou.

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No exterior, Wall Street tinha uma abertura mista, com o S&P 500 rondando a estabilidade, enquanto o rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro norte-americano marcava 4,2574%, de 4,257% na última sexta-feira.

DESTAQUES

– MAGAZINE LUIZA ON disparava 10,62%, após acordo com o grupo chinês Alibaba, pelo qual venderá produtos de seu estoque próprio na plataforma do Aliexpress, que também passa a atuar como seller do marketplace do Magazine Luiza (3P).

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– SABESP ON (SBSP3) registrava elevação de 2,32%, em meio ao lançamento da oferta de ações que privatizará a empresa de saneamento básico do Estado de São Paulo, que pode movimentar 16,5 bilhões de reais.

– ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) avançava 2,1%, ampliando os ganhos da última sessão, enquanto BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) subia 1,01% e BRADESCO PN (BBDC4) era negociado em alta de 1,05%.

– PETROBRAS PN (PETR4) valorizava-se 0,35%, buscando a sexta alta seguida e resistindo à fraqueza dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent recuava 0,33%. PETROBRAS ON (PETR3) mostrava acréscimo de 0,68%.

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– VALE ON (VALE3) cedia 0,16%, em dia de queda dos preços futuros de minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian caiu mais de 3%. CSN MINERAÇÃO ON (CMIN3) caía 1,35%.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)