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As ações de algumas empresas que divulgaram resultados do quarto trimestre (4T23) registraram forte reação aos números na Bolsa brasileira na sessão desta terça-feira (12).
Como destaque positivo esteve a Boa Safra (SOJA3), que viu suas ações saltando 12,27%, a R$ 17,29. De acordo com os analistas da XP, em meio à turbulência vivida pelos players agrícolas em 2023, a companhia foi a exceção positiva. A empresa apresentou resultados sólidos, embora abaixo das suas estimativas, conseguindo entregar volumes mais altos (+ 20% ao ano e +2,5% versus a projeção da XP) juntamente com preços mais altos (ligeiramente abaixo do esperado pela casa), além de um aumento da participação de sementes tratadas industrialmente TSI (31,7% veruss projeção da XP de 30%) levando a maiores participações de mercado (+110 pontos-base na comparação anual) e margens. Os números notáveis, avaliam os analistas, pois os seus canais de verificação (channel checks) indicam que os preços de mercado diminuíram no ano passado, em média.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado anual aumentou 32% ano a ano e o lucro por ação (LPA) ajustado aumentou 45% na mesma base de comparação, trazendo melhorias também na geração de caixa operacional. “Estimamos que as vantagens competitivas da Boa Safra e o reconhecimento da sua marca deverão continuar a reforçar a posição de liderança da empresa no setor das sementes de soja”, avalia, reiterando recomendação de compra dadas as perspectivas de crescimento e valuation atrativo.
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A Genial Investimentos reiterou recomendação de compra e elevou o preço-alvo em doze meses de R$ 17 para R$ 19.
A casa ressalta cinco pontos positivos: (i) uma receita forte, com avanço na base anual, e apenas uma pequena compressão de margens, a despeito do cenário desafiador no agro; (ii) carteira de pedidos robusta; (iii) aumento na diversificação de receita, incluindo sementes de feijão, forrageiras, trigo e sorgo no mix; (iv) aumento de sementes de TSI no mix de receitas e (v) avanço no beneficiamento de milho. O aumento do preço-alvo se deu após a Genial revisitar suas premissas para refletir uma maior expansão de margens em virtude do aumento contínuo de sementes de TSI no mix, maior diversificação de sementes, e avanço no business de beneficiamento de milho.
Maior baixa
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Já as ações da Mahle Metal Leve (LEVE3) chegaram a cair mais de 8% nesta terça-feira, após a fabricante de autopeças reportar na noite da véspera lucro líquido ajustado de R$ 154,1 milhões. Os papéis fecharam com queda de 6,51%, a R$ 33,90; já no pior momento chegaram a R$ 33,18 (-8,49%).
A receita líquida de vendas caiu 8,9% na base anual e encolheu 13,8% na comparação trimestral, enquanto o Ebitda ajustado recuou 22,3% e 36,3% respectivamente, com queda em margens nessa métrica.
Na visão de analistas do Citi, a companhia apresentou números fracos no quarto trimestre, com o faturamento impactado por volume, preços e taxas de câmbio.
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O Bradesco BBI ressalta que a receita líquida ficou 12% abaixo das suas projeções e do consenso, devido a: (i) receita do mercado interno encolhendo 5% em um ano, com o segmento das Montadoras caindo 16% e a divisão de Reposição aumentando 4%; (ii) as receitas de exportação caindo 16% em termos anuais, com as divisões Montadoras e de Reposição caindo 16%.
“Também é importante mencionar que o volume total de produção de veículos no Brasil no 4T23 caiu 6%, de acordo com a Anfavea, enquanto na Argentina a produção de veículos cresceu 2%, o que ajuda a explicar a desaceleração no mercado interno das Montadoras”, avalia. O segmento de Reposição externo continua com desempenho inferior, com queda de 16% em um ano (de uma contração de 27% no 3T23). Enquanto isso, a margem bruta da empresa foi de 26,2%, uma queda de 3,3 pontos percentuais (pp) na comparação trimestral, mas uma melhoria de 1,4 pp na comparação anual, impulsionada pela queda nos custos das matérias-primas de 22% na comparação anual.
O BBI manteve recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 20 para o fim de 2024. “Mantemos nossa postura cautelosa sobre a Mahle Metal Leve, baseada em: (i) um ambiente competitivo mais desafiador, com autopeças chinesas recuperando participação de mercado; (ii) ausência de planos de eletrificação; e (iii) um valuation pouco atraente”, avalia.
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(com Reuters)
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