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A Boa Safra Sementes (SOJA3) alcançou um lucro líquido de R$ 115,6 milhões no terceiro trimestre do ano. O resultado representa um crescimento de 34,5% em relação ao do mesmo período do ano passado, de R$ 85,9 milhões.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou 50,3% entre julho e setembro, para R$ 139,2 milhões. No intervalo, a receita da Boa Safra alcançou R$ 987,4 milhões, com crescimento de 12%.
O resultado reflete o crescimento das vendas de sementes com maior valor agregado. Segundo Marino Colpo, CEO da Boa Safra, a companhia tem crescido, em média, 20% ao ano. Já as vendas de produtos com maior nível tecnológico, crescem 50%.
“Entre os insumos, a semente é o que apresenta menor queda de preços em momentos de baixa das commodities. Mesmo no contexto atual, percebemos que o produtor não está economizando na semente”, disse Colpo ao IM Business.
Em defesa de sua tese, o executivo chama atenção para os pedidos em carteira. No fim de setembro, a companhia tinha R$ 506 milhões em pedidos realizados. O número é 9% maior que a quantidade de pedidos do terceiro trimestre do ano passado.
Na avaliação de Colpo, há uma tendência de a semente trazer cada vez mais tecnologia embarcada para estar mais protegida e pronta para o uso. Apesar de mais cara, pode permitir a redução no número de aplicações de defensivos.
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“Há uma década, a semente representava 7% do custo de produção de um hectare de soja. Hoje, a semente tem ocupado o espaço dos defensivos e representa 15% do custo da lavoura. Chegará o momento que roubará também dos fertilizantes”, prevê Colpo.
A Boa Safra alcançou no terceiro trimestre uma relação dívida líquida/Ebitda negativa de 0,4. Com a baixa alavancagem, a expectativa é que a companhia encontre espaço para novas aquisições ou investimentos na expansão de sua capacidade.
A Boa Safra deve encerrar o ano com investimentos de R$ 178 milhões em capex. A companhia concluiu a construção de 6,2 mil metros quadrados de armazéns refrigerados em Primavera do Leste e Sorriso. Além disso, segue com as obras em Buritis (MG) e Paraíso (TO), que adicionarão 10,5 mil metros quadrados de capacidade.
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