Publicidade
SÃO PAULO – As ações de empresas latino-americanas proporcionarão retorno de 22% em um horizonte de 12 meses, acredita o Bank of America Merrill Lynch. Muito em função do recuo nos juros básicos nos países, da ideia de retomada do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010 e da aposta de declínio na aversão global ao risco.
Além disso, segundo relatório da instituição financeira, há um desconto das bolsas da região em relação a outros mercados do bloco emergente. No caso, “o principal risco de curto prazo é um movimento de realização de lucros do índice norte-americano S&P 500, em meio à fraca temporada de resultados corporativos nos EUA”.
O banco considera que a correlação entre a América Latina e o S&P 500 cresceu fortemente desde a quebra do Lehman Brothers, em setembro de 2008. Nesta sexta-feira (17), a profecia pessimista não vigorou: Wall Street fechou em alta e completou a sexta valorização semanal consecutiva.
Análise de Ações com Warren Buffett
Brasil
Distribuindo a projeção do BoA Merrill Lynch por países, só a bolsa brasileira terá retorno de 21% em 12 meses. Enquanto os mercados de México e Chile: 30% e 6%, respectivamente. A perspectiva positiva de longo prazo para a região é sustentada pela união de consumo doméstico e investimentos no momento da recuperação.
“Medidas anticíclicas fiscais e monetárias irão turbinar a evolução do PIB latino-americano de -0,1% em 2009 para 3,1% em 2010”, prevê a instituição, que espera um ponto de inflexão no sentimento do mercado ainda neste segundo trimestre do ano, resultando em aumento do apetite por risco dos investidores.
Apesar do potencial menor que o vizinho mexicano, o Brasil carrega recomendação overweight – acima da média – por parte do banco, sobretudo por ser tido como mais preparado para lidar com dificuldades no panorama global. O México e o Chile possuem sugestão neutra e abaixo da média, respectivamente.