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A cada quatro anos, o número total de bitcoins que os mineradores podem ganhar é reduzido pela metade. Esse movimento tem o nome de halving e acontece nesta sexta (19), à noite, com previsão de ocorrer por volta das 22h.
“Não acredito que durante o processo de halving a gente tenha grandes oscilações (do ativo)”, disse Matheus Cavalcanti, trader da XP, durante o programa Arena Trader XP especial, que discutiu nesta sexta (19) o impacto do halving no mercado futuro do Bitcoin, o chamado BIT, que passou a ser negociado pela B3 no último dia 17.
Halving: Movimentos anteriores
No terceiro halving realizado neste mercado, o analista conta que o ativo fez um movimento de baixa para depois iniciar um padrão normal. “Só foi dar o ‘estouro’ dele depois de 3 a 4 meses, voltando a ter o rompimento da máxima”, contou no programa.
“No segundo halving, quando ele estava bem próximo do acontecimento, ele fez um movimento de correção. Depois, ele foi tendo um movimento de alta, lateralizou, até ir subindo bem devagarinho, só para depois de 4, 5 meses começar um movimento mais forte”, afirma Cavalcanti, que fez um estudo dos movimentos da criptomoeda no período dos três halving anteriores, para estabelecer um padrão de oscilação.
“Ele deve continuar com uma volatilidade bem próxima que está (nesta sexta). O movimento mais forte pode ser em torno de 5%, ou no máximo 10%. Não acredito que faça um movimento muito maior do que isso”, avalia.
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Influência geopolítica
“Penso que a gente vai passar por esse halving tranquilo, mas pensando num longo prazo, ele pode ter um movimento de alta baseado na lei da oferta e procura”, complementou.
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Mas o analista fez questão e ressaltar que nos halving anteriores não havia riscos geopolíticos como os atuais. “Pode acontecer por fatores externos, como visto o que ocorreu no final de semana com o ataque do Irã (a Israel)”, disse ele, que há nove anos opera Bitcoin.
“Pode ter um movimento fora de padrão. Comparado com os outros anos (de halving), esse é o que tem mais claro uma possível quebra de padrão”, alertou.
Esperar a segunda-feira
Martha Matsumura, analista da XP, destacou que o derivativo agora disponível na B3 é regulado pelos órgãos competentes, funcionando como os contratos futuros de mini-índice e minidólar.
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A analista mencionou que como o Bitcoin é um ativo internacional, ele não representa risco político e econômico local, algo que acontece mais no mercado de ações doméstico.
O Bitcoin é um ativo que pode ser operado 24 horas por dia, sete dias da semana. Mas no caso da operação no BIT da B3, ele segue o horário de funcionamento da bolsa.
Martha Matsumura disse esperar por uma melhora da liquidez do mercado futuro do Bitcoin no Brasil após o halving.
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“Comece com um minicontrato”, alertou aos traders, que pretendem iniciar na operação do ativo.