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SÃO PAULO – Depois de diversas quebras de máxima histórica nas últimas semanas, o Bitcoin agora bateu outra marca importante ao superar US$ 1 trilhão de valor de mercado pela primeira vez desde sua criação.
A maior criptomoeda do mundo operou próxima da estabilidade nos últimos dois dias, mas passou a ganhar força no fim da manhã desta sexta-feira (19), chegando ao nível de US$ 54 mil, engatando uma nova valorização expressiva.
Às 16h30 (horário de Brasília), o Bitcoin tinha valorização de 5,7% no acumulado de 24 horas, cotado a US$ 55.095. Enquanto isso, no Brasil, a moeda digital vale R$ 301.570, com ganhos de 5%.
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Com essa nova alta, agora a criptomoeda acumula valorização de mais de 400% em dólar nos últimos quatro meses, sendo cerca de 90% apenas em 2021.
Não houve nenhuma notícia nova que justificasse a arrancada desta sexta, mas analistas destacam a continuidade do movimento iniciado ainda em outubro do ano passado.
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O Bitcoin “começou a ficar tão grande que possivelmente cria sua própria demanda à medida que empresas e instituições começam a fazer incursões em um campo que não teriam tocado alguns meses atrás”, disse o estrategista de pesquisa do Deutsche Bank, Jim Reid, em relatório.
“Ironicamente, o Bitcoin está se transformando em uma classe de ativos com credibilidade para muitos ao se recuperar tanto ultimamente e também ao obter uma adesão institucional crescente“, explica.
Ainda em 2020, empresas como a gigante de pagamentos PayPal anunciaram que passariam a aceitar a criptomoeda como pagamento, o que ajudou a iniciar o forte movimento de alta.
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Mais recentemente, a montadora de carros elétricos Tesla informou a compra de US$ 1,5 bilhão em bitcoins em uma estratégia para começar a aceitar o ativo como pagamento. Dias antes, seu CEO, Elon Musk, também demonstrou apoio à moeda digital.
Analistas destacam que notícias de entrada de grandes investidores institucionais como essas ajudam a dar mais credibilidade para o Bitcoin e também atrai novos usuários e investidores, que aprendem mais sobre o mercado de criptomoedas e sustentam o cenário de valorização.
Se de um lado esta forte alta eleva o risco de uma correção no curto prazo, especialistas destacam que no longo prazo a tendência do Bitcoin é de valorização, principalmente porque existem fundamentos sustentando o movimento, diferente do que ocorreu em 2017, quando a moeda saltou rapidamente até US$ 20 mil e caiu 70% nos dois meses seguintes.
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