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Desde que perdeu o nível de R$ 30 mil em meio a um cenário de ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos, aversão global ao risco e realização de lucro de grandes investidores, o Bitcoin (BTC) está preso em uma estreita faixa de US$ 26 mil.
Na tarde desta terça-feira (26), a criptomoeda é negociada a US$ 26.259, após leve queda de 0,45% no dia. Na semana, o ativo digital acumula perdas de 3,45%; já no mês, o preço praticamente ficou no zero a zero.
De acordo com o analista gráfico Fernando Pereira, da corretora de criptomoedas Bitget, no entanto, a situação do ativo digital pode mudar no curto prazo, e o BTC deve retomar o preço anterior à queda recente. O motivo, falou, é que o cenário atual é o inverso daquele visto há três meses.
Vamos aos gráficos.
Em um período de três meses, segundo Pereira, os grandes investidores realizaram vendas em três principais ocasiões, conforme o gráfico abaixo. No ponto 1, por exemplo, houve forte impulso de alta, marcado por grandes candles verdes (sinal que mostra que o preço de fechamento foi superior ao de abertura) e alto volume.
No ponto 2, aconteceu novamente um topo semelhante de preço, marcado por alto volume e por um conhecido padrão de reversão chamado estrela cadente (que indica queda). Já no 3, houve uma alta seguida de um candle vermelho (sinal que mostra que o preço de fechamento foi inferior ao de abertura).
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Nesse período, o Índice de Força Relativa (RSI, na sigla em inglês) — indicador que confirma tendências de mercado, identifica possíveis pontos de reversão e dá uma noção de quando o mercado está comprado ou vendido — fez topos cada vez mais baixos enquanto o preço fez topos mais altos, indicando fragilidade no Bitcoin.
Hoje, no entanto, o cenário está o inverso do retratado acima. Conforme o gráfico abaixo, o ponto 1 registrou um forte impulso de baixa, marcado por grandes candles vermelhos e alto volume, e o 2 teve um fundo semelhante, também com alto volume, seguido de um padrão de reversão.
Já o ponto 3 mostrou um fundo mais baixo que os anteriores, seguido de um candle positivo que “engolfou” toda a baixa — no jargão da análise técnica, significa que retomou o terreno perdido.
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“Esse é exatamente o mesmo cenário, mas de ponta cabeça. A forma que os investidores distribuíram suas vendas em US$ 30 mil, foi a forma com que eles acumularam suas compras em US$ 25 mil. Tudo pode acontecer no mercado, mas com certeza a probabilidade maior nesse momento é de engatarmos uma nova alta rumo aos US$ 30 mil”, disse Pereira.
De acordo com o analista, esse movimento pode durar longas semanas, assim como a queda, mas o preço de US$ 30 mil é o alvo final para o restante desse ano. “Isso não significa que o preço não possa cair mais, muito pelo contrário, mas significa que os grandes investidores já estão montando suas posições para o próximo ano, e essa é uma posição comprada (que aposta na alta de preços)”, finalizou.
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