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SÃO PAULO – Larry Fink, CEO da maior gestora de ativos de terceiros do mundo, a BlackRock, disse nesta quarta-feira (13) que vê uma “oportunidade enorme” nas moedas digitais, e não exclui a possibilidade de que o Bitcoin (BTC) seja a vencedora no longo prazo.
Em entrevista à CNBC, Fink reconheceu que não é um especialista no assunto e que por isso não saberia dizer se o Bitcoin “vai para US$ 80 mil ou zero”. Por outro lado, confessou estar fascinado pelo interesse das pessoas nas criptomoedas.
“Eu tenho mais conversas com as pessoas nas ruas sobre cripto do que qualquer outra coisa”, disse. “Mas se isso vai dar certo no longo prazo, vamos ver. Eu vejo uma oportunidade enorme em uma moeda relacionada a cripto e blockchain, acho que as coisas vão por esse caminho e que vamos ter grandes vencedores – e alguns grandes perdedores”.
Apesar da animação, Fink disse que ainda pende para o lado de Jamie Dimon, em referência à opinião contrária do CEO do JP Morgan Chase em relação ao Bitcoin.
Recentemente, Dimon chamou a principal moeda digital do mundo de “inútil”, mas reconheceu que existe interesse entre os clientes do banco e que por isso a instituição ofereceria acesso a este mercado.
O executivo da BlackRock não mencionou planos de acompanhar o JP Morgan e oferecer produtos de investimento em criptomoedas aos seus clientes, mas admitiu que a gestora está estudando blockchain e todo o conceito de cripto.
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“Acredito que há um papel enorme para uma moeda digitalizada, seja lá o que vingar, se o Bitcoin ou alguma outra coisa, como uma moeda oficial do governo, um dólar digital”, pontuou.
As declarações mostram uma mudança de percepção do mercado comparada ao mês de julho, quando Fink afirmou que havia pouca procura de clientes por produtos de Bitcoin e criptos em geral. Na época, o Bitcoin chegou a ser negociado abaixo dos US$ 29 mil, em correção de mais de 55% da máxima de quase US$ 65 mil registrada em abril.
No entanto, no mesmo mês, a gestora investiria em 54 contratos futuros de BTC na bolsa de derivativos de Chicago que resultariam, em agosto, em um lucro de US$ 369 mil (aproximadamente R$ 2 milhões). O montante é, no entanto, uma pequena fração dos cerca de US$ 9,5 trilhões que a BlackRock tem sob gestão.
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(Com CNBC)
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