Bitcoin chegará a US$ 100 mil em 5 anos, diz dono da maior mineradora de moedas do mundo

"O preço do Bitcoin ir até US$ 100.000 é bastante possível… em 5 anos", afirmou JIhan Wu, fundador da Bitmain

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Apesar de ter sido criado para ser uma moeda totalmente descentralizada, o Bitcoin tem sido alvo de vários debates sobre a situação do poder das mineradoras no mercado. Criada em 2013, a Bitmain é hoje a maior produtora de bitcoins do mundo, e seu fundador, Jihan Wu, é considerado a pessoa mais influente deste mercado de criptomoedas.

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Atualmente, a Bitmain conta com 25 mil máquinas que mineram a moeda 24 horas por dia. Recentemente, o repórter Tom Mackenzie, da Bloomberg, mostrou um pouco do funcionamento da empresa, além de conversar com Wu, que se mostrou extremamente otimista com o futuro da moeda.

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“O preço do Bitcoin ir até US$ 100.000 é bastante possível… em 5 anos”, afirmou ao ser questionado por Mackenzie. Este valor representa uma alta de 2.072% em relação aos atuais US$ 4.604 da moeda. Segundo a Bloomberg, a Bitmain gera cerca de US$ 250 mil por dia em receita com bitcoin, o que já faz a companhia ser avaliada na casa de bilhões de dólares.

Wu ganhou força no mercado de moedas ao criar o maior grupo de mineradores do mundo. Se até 2013 qualquer pessoa podia produzir um Bitcoin em seu computador de casa, hoje a energia e o poder de processamento necessários para conseguir minerar é um custo alto de mais para qualquer um fazer isso em sua própria sala.

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Hoje, os maiores grupos – ou pools – de mineração estão localizados na China, concentrando a base da produção de novas moedas. A Bitmain aproveitou este cenário e criou um chip específico para quem quer minerar, o ASIC. Além disso, a companhia de Wu resolveu estabelecer sua base na Mongólia, local onde os custos de energia e de mão-de-obra são extremamente baixos, gerando lucros gigantescos para sua companhia.

Recentemente, a publicação Quartz destacou o poder que a Bitmain tem hoje no mercado de moedas. “A Bitmain é agora a empresa mais influente na economia bitcoin em virtude da grande quantidade de poder de processamento, ou hash, que controla. Suas plataformas de mineração, Antpool e BTC.com, representam 28,9% de todo o poder de processamento na rede global de bitcoins”, diz o texto.

Todo este cenário tem criado um grande debate na comunidade. Alguns especialistas acusam Wu de manipulação do mercado de bitcoins para fins próprios. Há quem suspeite que ele foi o responsável pela recente divisão da moeda, com a criação do Bitcoin Cash, levando outros mineradores a aceitarem sua proposta que levou ao “fork” do bitcoin.

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Se as acusações forem verdadeiras – o que Wu nega – será um abalo no mercado, já que ficará a sugestão de que o bitcoin é vulnerável a manipulações de mercado, não apenas por traders que detêm grandes corretoras, mas também por mineradores como a Bitmain.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.