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SÃO PAULO – O Bitcoin segue em sua trajetória de forte queda nesta quinta-feira (27), com uma baixa de mais de US$ 2.000 em menos de 24 horas.
Ontem à tarde, a moeda digital atingiu o seu maior patamar em 17 meses ao chegar aos US$ 13.800.
Na mínima de hoje, o bitcoin chegou a US$ 10.493, com uma leve recuperação para US$ 11.266 às 20h19 (horário de Brasília). No Brasil, a cripto é negociada na casa dos R$ 43.153 após chegar aos R$ 52.000 na véspera.
O declínio acentuado começou já no final da tarde de ontem, ao mesmo tempo em que houve instabilidade na popular exchange de criptomoedas americana Coinbase.
“Ocorreu um erro. Fomos notificados sobre o problema e estamos verificando”, destacava informe no site durante a tarde. Um porta-voz da Coinbase disse ao portal CNBC que o site ficou fora do ar “por um curto período de tempo devido ao alto volume de negociações”.
A forte queda da criptomoeda reacendeu os temores sobre a volatilidade do ativo, após a moeda digital ter subido mais de 200% no acumulado do ano. Vale lembrar que a máxima histórica da moeda digital foi US$ 20 mil em dezembro de 2017, quando, pelo câmbio da época, uma unidade custava R$ 70 mil.
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O rali do Bitcoin este ano é reflexo do investimento de grandes companhias, como o Facebook, no mercado de criptomoedas. A rede social lançou no dia 18 a Libra, sua moeda digital.
Também há especialistas que acreditam que o Bitcoin esteja sendo usado como hedge (proteção) por investidores receosos com a guerra comercial entre Estados Unidos e China, assim como as tensões geopolíticas entre os EUA e o Irã.
O CEO da Genesis Global Trading, Michael Moro, destacou à CNBC que era esperado um salto deste tamanho em tão pouco tempo ser algo não sustentável. “Até mesmo os otimistas diziam que um movimento de valorização de 50% em uma semana é rápido demais”, apontou.
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Ele destacou ainda que um “fator-chave” por trás desse movimento dos preços foi a alavancagem, em que o investidor realiza um empréstimo de criptomoedas de uma corretora para fazer as operações.
“A presença de alavancagem exacerba os movimentos em ambas as direções e afeta a velocidade dramaticamente”, destacou ele à CNBC. “É claro que o bitcoin tem um histórico de fazer isso (tanto para cima quanto para baixo), mas é difícil dizer se a magnitude do movimento é saudável”.
Brian Kelly, CEO e fundador da BKCM, também apontou a alavancagem como o fator para tamanhas oscilações. Como os preços subiram, o mesmo aconteceu com os custos de empréstimos, o que tornou as apostas mais caras.
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