Biden prevê final obscuro para Putin em discurso do Estado da União: “Ele não tem ideia do que está por vir”

Presidente americano anunciou mais uma medida contra a Rússia ao proibir os voos russos de utilizarem o espaço aéreo norte-americano

Equipe InfoMoney

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante discurso (Foto: Saul Loeb - Pool/Getty Images)
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante discurso (Foto: Saul Loeb - Pool/Getty Images)

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu na noite de terça-feira (1) que o líder russo, Vladimir Putin, pagará caro a longo prazo pela invasão da Ucrânia, mesmo que sua campanha militar seja bem sucedida a curto prazo.

“Embora ele possa obter ganhos no campo de batalha, ele pagará um preço alto contínuo a longo prazo”, disse Biden em seu discurso sobre o Estado da União. Saindo do texto preparado, Biden acrescentou: “Ele não tem ideia do que está por vir”.

Biden falou ao Congresso dos Estados Unidos no sexto dia da invasão russa à vizinha europeia Ucrânia, enquanto Kiev se depara com o avanço de uma coluna russa de blindados de quilômetros de comprimento potencialmente preparando-se para assumir a capital ucraniana.

No discurso no horário nobre, Biden anunciou mais uma medida contra a Rússia ao proibir os voos russos de utilizarem o espaço aéreo norte-americano, e também um esforço do Departamento de Justiça para apreender iates, apartamentos de luxo e jatos particulares de russos ricos com laços com Putin.

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Ele também sinalizou passos para enfraquecer as Forças Armadas da Rússia no futuro, mesmo reconhecendo que os militares russos podem ganhar terreno na Ucrânia.

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“Estamos sufocando o acesso da Rússia a uma tecnologia que vai sugar sua força econômica e enfraquecer suas forças militares nos próximos anos”, disse.

“Quando a história desta era for escrita, a guerra de Putin contra a Ucrânia terá deixado a Rússia mais fraca e o resto do mundo mais forte”, acrescentou.

Biden, que falou no início do dia com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, rejeitou mais uma vez a participação militar direta dos Estados Unidos na Ucrânia.

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Mas o governo dos EUA compartilhou informações sobre as operações da Rússia e liderou o mundo na imposição de um conjunto histórico de sanções econômicas ao governo de Putin, a seus aliados e aos maiores bancos do país, levando a moeda russa a desabar.

“Há seis dias, Vladimir Putin, da Rússia, achou que iria abalar as próprias fundações do mundo livre, pensando que poderia fazê-lo se curvar aos seus caminhos ameaçadores, mas ele teve um erro de cálculo, ele se deparou com o povo ucraniano”, afirmou.

Crimes de magnatas

Ele ainda disse que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (EUA) está criando equipe de trabalho exclusivamente para investigar “crimes dos magnatas russos”.

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“Esta noite, digo aos oligarcas e líderes corruptos da Rússia, que lucraram milhares de milhões de dólares com esse regime violento, que já basta”, afirmou.

“Estamos nos juntando aos nossos aliados europeus para encontrar e confiscar iates, apartamentos de luxo, aviões privados. Vamos buscar os lucros indevidos”, garantiu.

A União Europeia (UE), o Reino Unido e o G7, bloco dos sete países mais industrializados do mundo [Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido] já tinham anunciado sanções a dezenas de oligarcas e empresários russos dos setores do petróleo, da banca e das finanças, todos considerados próximos do Kremlin.

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As sanções impostas pela UE incluem o congelamento de bens, a proibição de colocar fundos à disposição de pessoas físicas e jurídicas listadas, bem como a possibilidade de entrar ou transitar pelo território dos 27 Estados-membros.

O milionário russo Roman Abramovich, também considerado próximo do presidente russo, Vladimir Putin, anunciou, no fim de semana, que iria deixar a administração do Chelsea nas mãos da fundação do clube inglês de futebol.

A Rússia lançou, quinta-feira (24) de madrugada, ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeio de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU registrou mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polônia, Hungria, Moldávia e Romênia.

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O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender. Acrescentou que a ofensiva vai durar o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela comunidade internacional. A União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscou.

(com RTP e Reuters)

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