Biden diz que EUA fará de tudo para proteger Israel, após ameaças do Irã

Durante visita do primeiro-ministro do Japão, presidente americano disse que compromisso dos EUA contra ameaças a Israel é firme

Roberto de Lira

Biden e Kishida se reúnem na Casa Branca, em Washington - 10/04/2024 (Reuters/Tom Brenner)
Biden e Kishida se reúnem na Casa Branca, em Washington - 10/04/2024 (Reuters/Tom Brenner)

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O presidente do Estados Unidos, Joe Biden, mandou um recado firme ao Irã, cujas autoridades têm repetido a intenção de retaliar Israel após um ataque aéreo contra seu consulado em Damasco, que matou vários militares graduados no início deste mês.

Durante um briefing de imprensa na quarta-feira (10) que marcou a visita do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, à Casa Branca, Biden afirmou que “nosso compromisso com a segurança de Israel contra essas ameaças do Irã e dos seus representantes é firme. Volto a dizer, de novo: Faremos tudo o que pudermos para proteger a segurança de Israel”, declarou.

Biden também comentou sobre os desenvolvimentos nos acontecimentos no Oriente Médio e reforçou o apoio a um cessar-fogo para lidar com a crise humanitária em Gaza e defendeu um acordo para libertar os reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas.

As tensões de longa data entre a China e seus vizinhos estarão no centro das atenções nesta quinta-feira, quando os líderes de Estados Unidos, Japão e Filipinas se reunirem na Casa Branca para responder à pressão cada vez maior de Pequim sobre Manila no disputado Mar do Sul da China.

Sem citar nenhum país em específico, Kishida disse que “as tentativas unilaterais de alterar o status quo pela força ou pela coerção são absolutamente inaceitáveis, onde quer que seja”, acrescentando que o país continuará a responder resolutamente contra essas ações por meio da cooperação com aliados e nações com ideias semelhantes.

Atenção com a China

No encontro, o presidente dos EUA anunciou esforços militares conjuntos e gastos com infraestrutura com as Filipinas, ex-colônia norte-americana, ao receber também a visita do presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., e anunciou uma cúpula trilateral inédita.

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No topo da agenda da reunião está a crescente pressão de Pequim no Mar do Sul da China, que tem aumentado apesar de um apelo pessoal de Biden ao presidente chinês Xi Jinping no ano passado.

As Filipinas e a China tiveram vários impasses marítimos em março, que incluíram o uso de canhões de água e trocas verbais acaloradas. As disputas se concentram no Second Thomas Shoal, que abriga um pequeno número de tropas filipinas estacionadas em um navio de guerra que Manila encalhou lá em 1999 para reforçar suas reivindicações de soberania.

A China reivindica quase todo o Mar do Sul da China, incluindo as zonas econômicas marítimas de países vizinhos, mas o Second Thomas Shoal está dentro da zona econômica exclusiva de 320 km das Filipinas. Uma decisão de 2016 do Tribunal Permanente de Arbitragem concluiu que as amplas reivindicações da China não possuem base legal.

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O Japão também tem uma disputa com a China sobre ilhas no Mar da China Oriental.

(Com Reuters)

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