Biden anuncia primeiro pacote de sanções dos EUA à Rússia e diz que invasão da Ucrânia está “no início”

A decisão foi anunciada durante discurso na Casa Branca e inicialmente afeta o banco VEB e o banco militar russo

Equipe InfoMoney

Joe Biden (Foto: Drew Angerer/Getty Images)
Joe Biden (Foto: Drew Angerer/Getty Images)

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (22) um pacote de sanções contra a Rússia após o seu homólogo russo, Vladimir Putin, reconhecer a independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia – Donetsk e Lugansk.

A decisão foi anunciada durante discurso na Casa Branca e inicialmente afeta o banco VEB, corporação de desenvolvimento, e o banco militar russo.

“Estamos implementando sanções à dívida soberana da Rússia. Isso significa que cortamos o governo da Rússia do financiamento ocidental”, disse ele, acrescentando que as medidas também teriam como alvo instituições financeiras e “elites” russas.

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Biden, no entanto, deu a entender que deve reservar algumas medidas mais rígidas para serem usadas caso Putin promova um ataque violento à Ucrânia.

“As sanções são defensivas, não temos intenção de lutar contra a Rússia”, enfatizou Biden, acrescentando que “os EUA e seus aliados permanecem abertos à diplomacia para buscar uma solução” com o governo russo, “desde que seja uma diplomacia séria”.

Para o presidente americano, o discurso feito por Putin na última segunda-feira (21) deixa claro que ele não está aberto ao diálogo, mas ainda espera que a diplomacia seja praticada.

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De acordo com o democrata, as ações na Ucrânia são “o início de uma invasão”, e a Rússia pode decidir lançar ataques contra várias cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev.

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Por isso, Biden afirmou que autorizou forças adicionais e equipamentos militares para reforçar o Mar Báltico. Ontem, o governo americano já havia anunciado sanções contra Donetsk e Lugansk, como a proibição de novos investimentos, atividades comerciais e financeiras.

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“Queremos mandar uma mensagem”, disse Biden, se comprometendo com a defesa dos territórios membros da Otan. O presidente dos EUA voltou a dizer que há cerca de 150 mil tropas russas ao redor da Ucrânia.

O presidente russo autorizou ontem o envio de tropas para “garantir segurança” no leste da Ucrânia. A movimentação foi autorizada no momento em que presidente russo assinou o decreto que reconheceu a independência de duas áreas separatistas.

“Quem, em nome do Senhor, Putin acha que lhe dá o direito de declarar novos chamados ‘países’ em território que pertencia a seus vizinhos?”, indagou o presidente americano no discurso.

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Reação de Trump

Mais cedo, o ex-presidente do Estados Unidos, Donald Trump, criticou a maneira como o seu sucessor vem lidando com as tensões entre a Rússia e o Ocidente. O magnata destacou sua proximidade com Vladimir Putin, assegurando que o russo “nunca” teria agido assim sob seu governo.

“Se bem gerenciada, não haveria absolutamente nenhuma razão para que a crise na Ucrânia se desenrolasse dessa maneira”, disse Trump, em um comunicado.

(com Ansa Brasil)

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