Bemobi: alta da receita para ficar faz BBA elevar ação; BMOB3 salta e depois ameniza

Banco espera que momento positivo continue à medida que novas iniciativas dão resultados

Felipe Moreira

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Após adotar uma postura conservadora em relação à empresa de tecnologia Bemobi (BMOB3) devido aos inúmeros desafios enfrentados pela empresa no ano passado, o Itaú BBA elevou a recomendação para o papel de market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à neutro) para outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra). A ação da companhia subia 2,57%, cotada a R$ 14,35, por volta das 10h50 (horário de Brasília), amenizando após chegar a subir 6,22% (R$ 14,86) mais cedo.

O banco destaca que a avaliação é atraente a 8,9 vezes Preço/Lucro 2025 e uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de lucro por ação de 25% em 3 anos, levando a uma revisão de preço-alvo de R$ 17 para R$ 20.

Já a melhoria nos resultados no primeiro trimestre, na avaliação do BBA, indicam que o pior já ficou para trás, com a aceleração da receita vindo para ficar. “Embora o negócio de assinaturas deva continuar melhorando, novas iniciativas estão começando a dar resultados, especialmente em pagamentos”, comentam analistas.

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Em seu cenário otimista, o BBA prevê que essa divisão se tornará um motor transformacional para a Bemobi, levando a um crescimento significativamente mais rápido nos próximos trimestres.

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O banco comenta que o negócio de assinaturas está pronto para um ressurgimento de crescimento no curto prazo, impulsionado por operações internacionais (México e outras regiões) e comparações favoráveis.

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A equipe de research do banco também espera que o momento positivo continue à medida que novas iniciativas dão resultados. Uma das principais iniciativas implementadas pela empresa é a expansão além do segmento das grandes empresas de telecomunicações (o mercado onde a Bemobi começou).

Embora ainda traga uma contribuição mínima para o balanço, a iniciativa em serviços públicos já contava com clientes importantes, como Energisa (ENGI11), Enel, Neoenergia (NEOE3) e Equatorial (EQTL3), no 1T24. Olhando para o futuro, analistas vislumbram um crescimento significativo nessa área ao longo deste ano e em 2025.

De acordo com relatório, a alocação de capital sempre foi uma oportunidade significativa para a Bemobi, especialmente à medida que novas operações de fusões e aquisições (M&As) continuam a contribuir para a expansão do mercado total endereçável (TAM) da empresa.

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Na visão do BBA, essa estratégia parece bem executada até o momento, com uma forte geração de caixa permitindo que a empresa exceda os níveis de caixa pré-M&A (fusões e aquisições). Consequentemente, no último ano, a empresa entregou um payout de 50% e recomprou ações, uma tendência que o banco espera continuar. Os cálculos sugerem um potencial de rendimento de até 4% em 2024 e 5% em 2025.

Por fim, o BBA espera um crescimento consolidado da receita de 11% para 2024 e 14% para 2025, medida que a empresa continua a atrair novos clientes e expandir serviços no segmento de pagamentos.