BC vende US$ 2 bi em leilão de linha, na 2ª intervenção no câmbio da era Galípolo

Ao realizar o leilão desta quarta, o BC garante liquidez ao mercado e evita que a demanda adicional por dólares possa estressar as cotações da moeda

Lara Rizério

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SÃO PAULO (Reuters) – O Banco Central vendeu nesta quarta-feira um total de 2 bilhões de dólares em leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) realizado durante a manhã, informou a autarquia em comunicado, no que foi a segunda intervenção cambial da gestão do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo.

No operação, que ocorreu de 10h20 às 10h25 e tem como data de recompra o dia 5 de janeiro de 2026, o BC aceitou quatro propostas, a uma taxa de corte de 5,401%.

A venda foi realizada com base na taxa de câmbio da Ptax das 10h, que marcava 5,8458 reais.

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Esta operação, que havia sido anunciada na véspera, busca rolar outra operação de linha realizada em 12 de dezembro, quando a autarquia vendeu 2 bilhões de dólares ao mercado com compromisso de recompra em 4 de fevereiro deste ano.

Ao realizar o leilão desta quarta, o BC garante liquidez ao mercado e evita que a demanda adicional por dólares possa estressar as cotações da moeda norte-americana ante o real, em um dia particularmente delicado.

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Além da decisão de política monetária do Federal Reserve durante a tarde, haverá o anúncio do Banco Central sobre o novo patamar da Selic, atualmente em 12,25% ao ano, após o fechamento dos mercados.

O BC ainda fará nesta sessão um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 5 de março de 2025.

Em 20 de janeiro, na primeira intervenção no câmbio sob Galípolo, o BC vendeu um total de 2 bilhões de dólares em dois leilões de linha, em operação realizada no mesmo dia da posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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Às 10h37, o dólar à vista caía 0,18%, a 5,8584 reais na venda, em movimento semelhante ao observado antes da realização do leilão.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.