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BRASÍLIA (Reuters) – O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira que a autoridade monetária está aberta a colocar parte do seu total de ativos sob uma gestão terceirizada, com o objetivo de expandir diferentes classes de ativos na carteira da autarquia.
“A gente está aberto a essa terceirização, gestão externa vamos dizer… Hoje a grande parte da gestão não é terceirzada, mas a gente está aberto a fazer isso nessa área, principalmente, porque a gente está olhando agora para novas classes de ativos”, afirmou ele, em entrevista gravada à BlackRock Brasil.
Campos Neto explicou que o BC já teve um programa de gestão terceirizada anteriormente, mas que ele não foi retomado desde que acabou, pois seria mais vantajoso para a autarquia manter algumas operações dentro do seu próprio sistema.
“A gente entendeu que alguns programas de gestão terceirizada a gente podia fazer dentro do Banco Central, e isso ia gerar uma sinergia positiva, porque o pessoal da equipe operacional do Banco Central ia aprender sobre ativos e aprender sobre ativos ajuda muito a atividade do dia a dia do Banco Central”, disse.
O presidente do BC explicou que a gestão terceirizada funciona como um ciclo em que ativos são constantemente incluídos e retirados do modelo, conforme a equipe da autarquia se familiariza com o processo de gestão de novos ativos.
“A gente, outro dia, comentou de pensar em algumas classes de ativos que a gente não opera ainda, fazer… sempre tentando aprender o máximo sobre o maior número de ativos dentro dos critérios que eu mencionei anteriormente, que é a preservação de capital e governança e sustentabilidade”, afirmou.
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A entrevista à BlackRock foi gravada por Campos Neto em 13 de junho e veiculada na tarde desta quinta-feira.