BBI aposta em petroleiras juniores com alta do dólar; PRIO3 deve ser maior ganhadora

Para Raízen e Petrobras, benefícios dependerão dos reajustes a serem feitos pelas companhias

Felipe Moreira

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Com a forte alta dólar ante o real neste mês de junho, chegando a superar o patamar de R$ 5,40, o Bradesco BBI aponta que as petrolíferas juniores serão as ações mais beneficiadas pela desvalorização do real.

Isso porque, segundo os analistas do banco, PetroRecôncavo (RECV3), 3R (RRRP3) e PRIO (PRIO3) têm 100% das receitas atreladas ao dólar.

Segundo o BBI, a PRIO provavelmente será a que mais captará fluxos, dada a liquidez de suas ações e o fato de exportar toda a sua produção.

Por outro lado, vale lembrar que PetroRecôncavo (RECV3), 3R (RRRP3) e PRIO trocam emissões de dívida em real por taxas indexadas ao dólar, o que seria um fator negativo.

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Para a Petrobras (PETR4) e a Raízen (RAIZ4), por sua vez, “os benefícios realmente dependem se os preços do diesel e da gasolina (e, portanto, os preços do etanol doméstico) serão ajustados de acordo com a desvalorização do real”, comentam os analistas.

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O banco explica que 28% da receita da Raízen tem exposição ao dólar (sem considerar ajustes), enquanto 15% dos custos estão atrelados a moeda estrangeira. Com ajustes, a exposição ao dólar sobe para 33% da receita.

Já para Petrobras, considerando os ajustes de preços, a receita é 100% exposta ao dólar e os custos cerca de 57%. Sem ajustes, a exposição da receita cai para 40%.

Confira abaixo a exposição das companhias ao dólar:

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Empresa% de receita% de custos dos produtos vendidosFluxo para Ebitda% de dívida**
PetroReconcavo100%10%90%100%
3R100%25%75%100%
PRIO100%50%50%100%
Petrobras – ajustando preços de combustíveis100%57%43%79%
Braskem100%80%20%91%
Raízen – ajustando preços de etanol*33%15%18%62%
OceanPact20%5%15%20%
Raízen – sem ajuste de preços de etanol28%15%13%62%
Vibra0%0%0%40%
Ultrapar0%0%0%47%
Petrobras – sem ajuste de preços40%57%-17%79%
*Considerando que a PBR ajustará os preços da gasolina em função da variação cambial
** RECV, 3R e PRIO trocam emissões de dívida local por taxas indexadas em dólares americanos