BB lucra R$ 2,84 bi e anuncia JCP de R$ 621 mi; lucro da Azul sobe mais de 20 vezes e mais 17 balanços

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quinta-feira (9)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A temporada de balanços mais forte é o grande destaque do noticiário corporativo desta quinta-feira, com atenção para os números de Banco do Brasil, Ultrapar, entre outras. Oi e Eletrobras também estão no noticiário. Confira os destaques:

Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 2,841 bilhões no terceiro trimestre de 2017, 26,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. O lucro líquido ajustado somou R$ 2,708 bilhões, alta de 15,9% na mesma base de comparação.

O ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado) foi de 12,8% no terceiro trimestre de 2017, 0,8 ponto percentual superior aos 12% obtidos entre julho e setembro de 2016. Entre janeiro e setembro, o retorno foi de 12,3%.

As despesas com PDDs (provisões para devedores duvidosos) caíram 9%, a R$ 5,163 bilhões, enquanto a inadimplência das operações acima de 90 dias caiu de 4,11% no segundo trimestre para 3,94% neste trimestre, “em movimento que interrompe a trajetória ascendente iniciada em dezembro de 2016”. A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 677 bilhões no trimestre, queda de 2,7% frente o trimestre anterior. 

O banco estatal ainda comunicou que o Conselho de Administração aprovou distribuir R$ 621,7 milhões em juros sobre o capital próprio complementar. O valor equivale a R$ 0,22323662442 por ação e será pago em 30 de novembro, tendo como base a posição acionária de 21 de novembro, assim, as ações passam a ser negociadas ex-JCP a partir do dia 22. 

Ultrapar (UGPA3)
Beneficiada principalmente pela melhora dos resultados da Ipiranga, a Ultrapar atingiu lucro líquido de R$ 556 milhões no terceiro trimestre deste ano, com avanço de 46% na comparação com igual intervalo de 2016. Em relação ao período de abril a junho deste ano, a cifra mais que dobrou, já que o aumento foi de 125%.

O Ebitda consolidado, por sua vez, totalizou R$ 1,239 bilhão no terceiro trimestre deste ano, com expansão de 20% na relação anual e de 58% na trimestral. A empresa destacou que, na comparação em 12 meses, o Ebitda avançou em todas as divisões de negócios, com exceção do resultado da Oxiteno.

A margem Ebitda ficou em 6%, ante 5,3% no terceiro trimestre de 2016 e 4,1% no intervalo de abril a junho último. A receita líquida de vendas e serviços totalizou R$ 20,532 bilhões, com aumento de 6% na relação anual e de 7% na trimestral.

A Ipiranga apresentou crescimento do volume de vendas na comparação anual, de 2%, depois de sete trimestres consecutivos de declínio. O Ebitda da distribuidora de combustíveis chegou a R$ 954 milhões, com aumento de 21% em relação a igual período de 2016 e de 64% ante o segundo trimestre deste ano, influenciado pela expansão do volume vendido e pelas movimentações dos custos dos combustíveis, incluindo o efeito pontual positivo do aumento do PIS/Cofins.

A companhia teve bons resultados no terceiro trimestre por conta da recuperação dos preços e volumes dos combustíveis e aumento do PIS/Cofins, segundo relatório de analistas do Bradesco BBI.

Braskem (BRKM5)

A Braskem teve lucro líquido atribuído aos sócios da empresa controladora de R$ 799,4 milhões no terceiro trimestre de 2017, 10% menor na comparação anual, em meio a números operacionais mais fracos. O lucro líquido consolidado foi de R$ 763,8 milhões, baixa de 6,6%.

A receita líquida foi de R$ 12,16 bilhões, 2% superior na comparação anual. Já o Ebitda foi de R$ 2,75 bilhões, queda de 9%. 

Azul (AZUL4)

A Azul registrou lucro líquido de R$ 204 milhões no terceiro trimestre de 2017, cifra que corresponde a mais de 20 vezes o registrado no mesmo trimestre do ano passado (R$ 9,4 milhões). No acumulado dos primeiros nove meses deste ano, a Azul somou lucro líquido de R$ 225,4 milhões, ante R$ 177,6 milhões negativos em igual período de 2016.

De abril a junho de 2017, o Ebitdar (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos com leasing de aeronaves) somou R$ 634,0 milhões, um crescimento de 20,1% ante igual intervalo de 2016, com margem Ebitdar de 31,7%, 1,3 ponto porcentual maior na comparação anual. No total dos nove primeiros meses de 2017, o Ebitdar foi de R$ 1,672 bilhão, alta de 30,7% frente ao mesmo intervalo de 2016, com margem Ebitdar passando de 26,4% para 29,9%.

A receita líquida expandiu 15,0% no terceiro trimestre de 2017, para R$ 1,998 bilhão, devido principalmente ao aumento de 14,8% na receita de transporte de passageiros e ao crescimento de 16,7% em outras receitas. No acumulado deste ano, a alta da receita líquida foi de 15,4%, para R$ 5,595 bilhões.

O resultado financeiro da Azul ficou negativo em R$ 69,4 milhões de julho a setembro, 63% menor que o valor também negativo de R$ 188,9 milhões no terceiro trimestre de 2016.

CVC (CVCB3)
A companhia de viagens CVC reportou lucro líquido de R$ 70,2 milhões no terceiro trimestre de 2017, um crescimento de 15,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, o lucro chegou a R$ 158,4 milhões, expansão de 13,8%.

A companhia divulga ainda um lucro líquido ajustado a itens como a remuneração de executivos, amortização do contrato com franqueados e resultado de lojas adquiridas no Rio de Janeiro. O resultado com ajuste é R$ 77,3 milhões no terceiro trimestre, aumento de 21,1% na comparação anual.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia entre julho e setembro alcançou R$ 156,4 milhões, alta de 7,3% na comparação anual. Em nove meses, o Ebitda é de R$ 401,1 milhões, aumento de 9,2%. O Ebitda ajustado à remuneração de executivos foi de R$ 166,5 milhões no terceiro trimestre, crescimento de 13,1%.

A CVC apurou receita líquida de R$ 313,8 milhões entre julho e setembro, expansão de 10% ante os mesmos meses de 2016. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a receita cresceu 7,4% para R$ 846,4 milhões.

Além disso, a companhia anunciou que adquiriu a operadora de turismo Visual. O preço base da aquisição é de R$ 67,9 milhões e há um earn-out de quatro anos, de até R$ 17 milhões, com base em receita e Ebitda.

A Visual é a terceira maior operadora de viagens do Brasil. A companhia registrou reservas anuais de aproximadamente R$ 400 milhões em 2016 e, de acordo com a CVC, a aquisição reforça a presença no canal de agentes de viagens independentes.

Taesa (TAEE11)
A transmissora de energia Taesa reportou um lucro líquido de R$ 97,3 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 55,3% ante mesmo período do ano passado, impactada pelos índices de inflação que corrigem seus contratos, informou a companhia nesta quarta-feira. O Ebitda, por sua vez, somou R$ 362,6 milhões, recuo de 8,4% ante o mesmo trimestre do ano anterior.

A receita líquida regulatória caiu 4,5%, para R$ 417 milhões, enquanto o Ebitda regulatório teve queda de 8,4%, totalizando R$ 362,6 milhões, na mesma comparação.

Biosev (BSEV3)

A Biosev apresentou um lucro líquido de R$ 33 milhões no segundo trimestre correspondente ao ano fiscal de 2018, um aumento de 39,7% quando comparado ao mesmo período da safra anterior impactado principalmente pela melhora no resultado financeiro líquido. 

O resultado financeiro líquido dos seis deputados de 2018 foi uma despesa de R$ 438 milhões, o que se compara com R$ 208 milhões registrados no mesmo período da safra anterior. Excluindo-se o efeito da variação cambial, o resultado financeiro foi uma despesa de R$ 432 milhões, representando uma redução de 12,9% em relação à safra anterior, explicada principalmente pela redução das perdas com a marcação a mercado e liquidação de operações com derivativos, o que foi parcialmente compensado pela maior despesa com juros. 

A Biosev ainda anunciou que decidiu suspender a atividade industrial da usina de Maracaju, no Estado do Mato Grosso do Sul. A decisão do conselho de administração, em reunião realizada nesta quarta-feira, 8, ocorreu no âmbito de um programa para reduzir seu custo de produção unitário, “de forma a trazer maior resiliência para sua geração de caixa”, explica a empresa em fato relevante. A suspensão da operação se restringe às atividades industriais, esclarece a Biosev, que vai redirecionar seu ativo biológico para outras unidades no Mato Grosso do Sul que compõem o “Polo MS”, Rio Brilhante e Passatempo, para otimizar a utilização da capacidade instalada dessas usinas.

“Como consequência desta decisão, a Companhia passará a alocar a cana de açúcar nas unidades com maior escala e capacidade de extração de açúcar e etanol (Rio Brilhante e Passatempo)”, explica. Também a Biosev passará a ter o benefício adicional de aumento da produção de energia, já que Rio Brilhante e Passatempo têm capacidade de produção de energia para venda, o que não ocorre em Maracaju.

Movida (MOVI3)

A Movida registrou lucro líquido de R$ 14,1 milhões no terceiro trimestre de 2017, alta de 15,7% na base de comparação anual, enquanto o Ebida teve alta de 18,4% no terceiro, para R$ 84,2 milhões. A receita líquida foi a R$ 675,7 milhões, alta de 40,1% frente os R$ 482,4 milhões do terceiro trimestre de 2016.

A companhia ainda aprovou o aumento do plano de investimentos de 2017 de R$ 150 milhões para de R$ 500 milhões a R$ 650 milhões.

 

QGEP (QGEP3)

A QGEP fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 60,5 milhões, queda de  3,9%, enquanto a receita líquida foi de R$ 135,6 milhões, 25% superior na base de comparação anual.

A petrolífera informou ainda que a produção média diária de gás em Manati, na Bacia de Camamu, na Bahia, foi de 5,3 milhões de metros cúbicos por dia no terceiro trimestre, ante 4,4 milhões de metros cúbicos por dia em igual período do ano passado e 4,5 milhões de metros cúbicos por dia entre abril e junho deste ano. 

 

T4F (SHOW3)
A T4F Entretenimento registrou lucro líquido consolidado de R$ 13,4 milhões, uma alta de 120%, enquanto o lucro atribuído aos controladores fechou em R$ 12,8 milhões, um avanço de 180,4% em um ano. A receita líquida, por sua vez, cresceu 33% na base anual, para R$ 133,3 milhões.

Deste montante, R$ 77,4 milhões foram obtidos com promoção de eventos (+39%), R$ 32 milhões referem-se à operação de bilheteria (+25%) e R$ 23,9 milhões dizem respeito a patrocínio (+24%). Já o Ebitda ficou em R$ 21,2 milhões, alta de 89% ante o terceiro trimestre do ano passado. A margem Ebitda aumentou de 11,2% para 15,9% entre os dois períodos.

Totvs (TOTS3)
A Totvs viu seu lucro líquido recuar 43,6% no terceiro trimestre, para R$ 21,5 milhões. O resultado foi negativamente impactado pelo aumento nas despesas operacionais de 15,8%. Já a receita líquida subiu 4,6%, para R$ 562,3 milhões entre julho e setembro.

O Ebitda, por sua vez, teve queda de 24,1%, para R$ 62,3 milhões, com a margem caindo de 14,2% para 11,1%. De acordo com a companhia, a elevação das provisões para contigências e despesas comerciais e o menor resultado no segmento de software afetaram o desempenho.

O Ebitda ajustado teve uma queda ainda maior, de 28%, por conta da transição para o modelo de subscrição, os efeitos da recessão e o patamar do IGP-M. Esses fatores levaram a companhia a retirar sua meta de Ebitda ajustado de R$ 359 milhões a R$ 395 milhões para este ano.

São Carlos (SCAR3)

A São Carlos passou de lucro de R$ 71,4 milhões para prejuízo de R$ 600 mil, enquanto a receita bruta recorrente com locações foi de R$ 71,6 milhões, queda de 3,5%. 

Apesar do mercado ainda complicado, companhia tem mantido nível de vacância em seus empreendimentos sob controle, dizem analistas do Bradesco BBI em relatório. Os resultados vieram em linha com o esperado; a companhia pode se beneficiar de uma expansão mais rápida que o esperado do segmento de escritórios comerciais em São Paulo, dizem analistas do Itaú BBA em relatório

SLC Agrícola (SLCE3)

A SLC Agrícola teve lucro líquido de R$ 70,5 milhões, após prejuízo de R$ 21,2 milhões registrado no mesmo trimestre do ano passado. A receita líquida subiu 76,6%, a R$ 561 milhões, enquanto o Ebitda ajustado teve alta de 386,7%, a R$ 116,83 milhões, fazendo com que a margem Ebitda ajustada subisse 18 pontos percentuais, a 25,4%. 

A companhia ainda informou que o Conselho aprovou a recompra de até 2 mi de ações ON.

Mills (MILS3)

O prejuízo líquido da Mills passou de R$ 22,2 milhões para R$ 23,1 milhões, alta de 4% na base de comparação anual. Já a receita líquida caiu 4,7%, passando de R$ 86,1 milhões para R$ 82,1 milhões. 

O Ebitda, excluindo não recorrentes, totalizou R$ 9,6 milhões no trimestre com margem EBITDA de 11,8%. 

Wiz (WIZS3)

O lucro líquido da Wiz atingiu R$ 51,0 milhões no trimestre, crescendo 32,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já a receita bruta foi de R$ 157,7 milhões, frente a R$115,8 milhões dos mesmos três meses do ano passado, um crescimento de 36,2%. 

Segundo o Bradesco BBI, a companhia reportou lucro forte com melhor resultado em bancassurance, enquanto o Ebitda cresceu 42% devido a maior eficiência em despesas, sendo que este trimestre foi o primeiro com contribuição integral da Finanseg. “Apesar do resultado bom, as incertezas relacionadas a renegociação com CEF ainda podem pesar sobre o papel no curto prazo, mas acreditamos que o nível de valuation atual já incorpora boa parte deste risco”, avaliam os analistas.

Alliar (ALLR3)

O lucro líquido da Alliar após minoritários cresce 1.811% para R$ 10,2 milhões no terceiro trimestre de 2017, uma expansão de R$ 9,7 milhões na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Já o crescimento de receita líquida de 14,0% no trimestre, com SSS (vendas nas mesmas lojas) de 7%. No acumulado do ano, crescimento de 18,0%, com SSS de 11%.

Já o Ebitda cresceu 9,1% alcançando R$ 55,6 milhões no trimestre e o Ebitda ajustado alcança R$ 62,4 milhões (alta de 2,3%).  O Conselho da Alliar aprovou a recompra de até 1 milhões de ações ON. 

Valid (VLID3)

A Valid registrou um lucro líquido de R$ 15,8 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 68,4% na comparação anual, enquanto o Ebitda ajustado caiu 8,1% na base de comparação anual e a receita líquida caiu 3,2%, a R$ 412,1 milhões. 

Segundo o Itaú BBA, os sistemas de identificação tiveram a melhor performance do balanço, acompanhados por telecom, enquanto o Ebitda frustrou expectativas por desempenho atipicamente ruim da Valid EUA e do segmento de certificação digital. 

Rumo (RAIL3)

A Rumo registrou um lucro líquido de R$ 77,7 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 58,8 milhões no mesmo período do ano anterior. O crescimento do Ebitda e a redução no custo da dívida, devido à queda de juros, foram os principais fatores para esse resultado, parcialmente impactado pelo aumento da depreciação no terceiro trimestre.

O Ebitda atingiu R$ 800,9 milhões no terceiro trimestre, resultado 24,6% superior ao reportado no mesmo período do ano passado. A margem terminou o trimestre em 48,6%, ante 44,7% de um ano antes. “O resultado deve-se principalmente aos maiores volumes transportados no período. Adicionalmente, a companhia continua alcançando maior eficiência em custos”, comunicou a empresa no relatório de administração que acompanha o balanço.

A receita líquida, por sua vez, somou R$ 1,648 bilhão, representando um incremento de 14,7% no comparativo anual. O resultado financeiro do terceiro trimestre apontou uma despesa líquida de R$ 388,2 milhões, 8,4% inferior ao informado em igual período do ano anterior. Nos primeiros nove meses, a despesa líquida da empresa aumentou 0,9% no comparativo anual, somando R$ 1,272 bilhão. “Esse efeito foi parcialmente compensado pelo aumento do saldo médio da dívida, decorrente da emissão das Senior Notes 2024. Os encargos sobre Arrendamento Mercantil e Certificados de Recebíveis Imobiliários apresentaram uma queda expressiva devido às amortizações ocorridas nesses instrumentos, sem ocorrência de novas captações relevantes. O rendimento de aplicações financeiras apresentou uma redução de 12% decorrente da queda do CDI, parcialmente compensada pelo maior saldo médio de caixa no período”, destacou a companhia.

Eucatex (EUCA3)
A Eucatex registrou lucro líquido de R$ 30,2 milhões no terceiro trimestre de 2017, o que representa um aumento de mais de sete vezes em relação aos R$ 4,2 milhões do mesmo intervalo do ano passado. A receita da companhia, por sua vez, cresceu 3%, para R$ 313,7 milhões.

O expressivo avanço na última linha do balanço é decorrente, entre outros fatores, de uma melhora no resultado financeiro, que reduziu seu prejuízo em 88,8%, para R$ 2,1 milhões. O resultado operacional passou de R$ 23, 4 milhões para R$ 31,9 milhões, alta de 36,3%.

Eletrobras (ELET3;ELET6)
A Eletrobras informou na manhã desta quinta-feira em fato relevante, que o Conselho do Programa de Parcerias de Investimento da Presidência da República (CPPI) aprovou a Resolução número 20, de 8 de novembro de 2017, na qual são listadas condições mínimas e preços para alienação, pela Eletrobras, da sua participação no capital das seguintes distribuidoras: Companhia Energética de Alagoas (Ceal), Companhia Energética do Piauí (Cepisa), Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Amazonas Distribuidora de Energia, Boa Vista Energia (Boa Vista) e Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron).

“A Companhia esclarece que está avaliando a modelagem de privatização prevista na Resolução acima citada, de acordo com suas condições financeiras e orçamentárias, e que a operação depende de aprovação pelos órgãos de controle e pela Eletrobras”, diz a companhia no fato relevante.

Além disso, o processo de privatização da Eletrobrás terá impacto entre 2,42% e 3,34% nas tarifas do energia pagas pelo consumidor, aponta um estudo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A análise foi realizada a pedido do Ministério de Minas e Energia (MME), com base em algumas das premissas que o governo vai adotar na reforma do setor elétrico.

Esse impacto considera que toda a energia produzida por 14 hidrelétricas da companhia – hoje remunerada pelo custo – passará a ser vendida a R$ 250 por megawatt-hora (MWh), um modelo que tem sido chamado de “descotização”. Essas usinas têm garantia de cerca de 8 mil MW. O Ministério de Minas e Energia quer que essa transição ocorra em três anos. Um terço da energia seria descotizada em 2019, um terço em 2020 e um terço em 2021. Nos cenários analisados pela Aneel, há estimativas que consideram que a energia seria comercializada a R$ 150 e a R$ 200 por MWh, em que o impacto tarifário seria menor.

O jornal Estadão apurou, no entanto, que o efeito tarifário pode ser ainda menor, pois o estudo levou em consideração o risco hidrológico médio do setor, e não o atual, que está em um nível muito elevado. Risco hidrológico é o aumento do custo de geração de energia por causa de períodos de seca. Além disso, a disputa nos leilões de energia poder reduzir ainda mais o impacto ao consumidor.

Em agosto, a Aneel havia estimado um impacto bem mais alto para a descotização da energia das usinas da Eletrobrás, de até 16,7%. Na época, a agência reguladora ainda não havia recebido o detalhamento da proposta do MME e considerava que o processo seria feito de uma só vez, em 2018, e não em três anos, entre 2019 e 2021. O estudo considera também as mudanças nas tarifas de transmissão, que passarão por revisão tarifária, a privatização das transmissoras da Eletrobrás e o pagamento de indenizações para essas empresas.

Também foi levado em conta no levantamento o repasse de recursos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que vai amortecer os custos tarifários e a redução das transferências do fundo para a distribuidora da Eletrobrás no Amazonas, após a privatização da empresa.

Considerando só o ano de 2019, a descotização da energia das usinas da Eletrobrás deve reduzir as tarifas de energia pagas pelo consumidor. A estimativa da Aneel é que o efeito fique entre -0,56% e -1,48%. Outro efeito que a privatização da Eletrobrás pode gerar uma receita anual de até R$ 2 bilhões para os consumidores. A estimativa mais conservadora do Ministério de Minas e Energia prevê que a entrada de recursos seja da ordem de R$ 800 milhões.

A Aneel estima que esses valores podem gerar reduções tarifárias médias de 0,61% a 1,11%. A simulação considera o orçamento aprovado para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial que paga programas sociais e subsídios do setor elétrico. 

BTG Pactual (BPAC11)

Em entrevista à Bloomberg, o diretor financeiro do BTG, João Dantas, afirmou que a venda da PetroAfrica deve sair até meados de 2018. O preço mais alto do petróleo favorece avaliação do ativo, mas localização geográfica dificulta venda, disse ele. 

A PetroAfrica é uma joint-venture entre Petrobras (50%), BTG Pactual E&P (40%) e Helios Investment Partners (10%) e é formalmente conhecida como Petrobras Oil & Gas BV
Na terça-feira, Petrobras e BTG anunciaram o início da etapa de divulgação da venda de 100% da suas participações na PetroAfrica. A Petrobras lidera o processo de venda e a PetroAfrica possui participação em dois blocos em águas profundas na Nigéria.

Oi (OIBR4)

Segundo o Estadão, na última quarta-feira, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e China Development Bank (CDB) – que, juntos, detêm R$ 8,4 bilhões em créditos a receber da tele – pediram um novo adiamento da assembleia da Oi ao juiz da 7.ª Vara Empresarial do Rio, Fernando Viana, responsável pelo caso. Os bancos públicos brasileiros sugeriram que a assembleia seja remarcada para 8 de dezembro, em primeira convocação, e no dia 18 do mesmo mês, em segunda chamada.

Educacionais

As novas regras para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foram aprovadas ontem pelo Senado e seguem agora para sanção presidencial. Os senadores acolheram o relatório favorável à medida provisória (MP) enviada pelo governo, que altera as formas de financiamento do fundo e extingue o período de carência para o pagamento dos estudantes. Com as mudanças, a expectativa do Ministério da Educação (MEC) é que 310 mil vagas sejam destinadas ao programa em 2018, sendo 100 mil para estudantes de baixa renda.

Durante a votação, houve divergência entre os parlamentares sobre o número de vagas que serão criadas com o novo Fies. A oposição argumentou que, na prática, apenas 100 mil vagas serão ofertadas, já que as demais fontes de recursos poderiam não ser garantidas. Já o governo, com apoio da relatora, senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), defendeu a aprovação da matéria da forma como veio da Câmara, acolhendo apenas uma emenda sobre os descontos concedidos pelas instituições financeiras.

Outro ponto de discussão foi em torno do período em que os estudantes podem esperar, após a formatura, até iniciarem os pagamentos do empréstimo. Antes da edição da MP, os recém-formados tinham um ano e meio até que começassem a pagar. O texto aprovado acaba com a carência para o pagamento do financiamento. Senadores oposicionistas argumentaram que o fim da carência inviabilizaria a quitação dos débitos, o que foi contestado pela relatora.

(Com Agência Brasil e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.