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SÃO PAULO – A Conta Eletrônica do Banco do Brasil não está disponível para novos clientes desde o dia 28 de setembro, segundo informações do próprio banco. O serviço, isento de quaisquer tarifas para transações eletrônicas, será mantido apenas para clientes que já o possuam.
Procurado pelo InfoMoney, o BB explicou que a conta digital está passando por uma reformulação e a nova versão “já está em fase de teste e contará com novas funcionalidades via mobile”; será um modelo simplificado de conta, ainda sem previsão para estar disponível para clientes.
Ainda não se sabe se, igual ao serviço indisponível, a nova conta digital será gratuita e qual será o seu pacote de serviços – esses detalhes ainda estão sendo avaliados, segundo o BB.
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A conta digital é oferecida em outros bancos brasileiros e tem como diferencial a isenção de tarifas, já que oferece em seu pacote apenas transações eletrônicas. No Itaú, o serviço se chama iConta e, no Bradesco, Digiconta – em ambas, a modalidade está disponível para novas adesões. Nesses casos, o cliente tem benefícios como TED / DOC ilimitados, consultas de saldo e extratos ilimitados e transferências ilimitadas, sem pagar nada.
Tarifas cada vez maiores
Ao passo em que as contas digitais não cobram tarifas, as outras modalidades de conta corrente estão ficando mais caras: analistas do JPMorgan apontaram, em relatório distribuído a clientes no dia 19 de setembro, que as tarifas de conta corrente cobradas pelos bancos brasileiros tiveram um aumento de 12% no primeiro semestre do ano em comparação com o mesmo período de 2015.
No caso do Banco do Brasil, os analistas apontam que, após um reajuste das tarifas abaixo da média dos demais bancos entre 2011 e 2015, o BB está alcançando os demais bancos: somente no primeiro semestre do ano, o banco aumentou as tarifas de seus pacotes de serviços em uma média de 24%, em comparação aos preços do primeiro semestre de 2015. Já os demais bancos brasileiros reajustaram as tarifas, na mesma comparação, em 9%. A alta foi tão grande que o JPMorgan disse que já não há diferença representativa entre as tarifas do BB e as dos bancos privados.
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Além do Banco do Brasil, outra instituição que apresentou reajustes maiores que a média foi a Caixa Econômica, de 23% na mesma base comparativa. Os reajustes mostram que, no governo Temer, os bancos públicos terão muito mais foco em rentabilidade – ainda que tenham de tomar medidas impopulares como reajustes muito acima da inflação.