Bancos elevam tarifas para compensar provisões, Petrobras diminui exploração e mais 4 notícias

Confira o que é destaque do noticiário corporativo desta segunda-feira (22)

Lara Rizério

(Foto: Divulgação/Montagem/InfoMoney)
(Foto: Divulgação/Montagem/InfoMoney)

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SÃO PAULO – O noticiário começa movimentado nesta segunda-feira (22), com destaque para o noticiário dos bancos brasileiros e para a Petrobras. Veja mais destaques desta segunda: 

Bancos
Os bancos brasileiros estão cobrando mais por serviços, da emissão de talão de cheques à anuidade dos cartões de crédito, para ajudar a cobrir perdas com empréstimos ruins, destaca a Bloomberg em matéria. O aumento ultrapassa inflação medida pelo IPCA desde agosto de 2015 e atingiu maior spread em mais de quatro anos. As tarifas acumularam alta de 11,5% nos 12 meses até julho deste ano, segundo dados do IBGE, maior variaçao em quase 5 anos e 2,8 pontos percentuais acima do IPCA: a diferença para inflação é a maior desde abril de 2012. 

As tarifas são uma das poucas alavancas que bancos podem usar para compensar diminuição do lucro e da receita em outros negócios. A receita com serviços deve crescer até 11% este ano, segundo estimativas do Banco do Brasil (BBAS3) e do Bradesco (BBDC4), quase 4 pontos percentuais acima das estimativas de inflação segundo a pesquisa Focus, do BC. As tarifas do BB aumentaram 13% no segundo trimestre. em comparação anual e as do Bradesco, 8,3% no período.

“O aumento das receitas com tarifas divulgado em seu balanço não ocorre apenas pelo aumento de preços, mas principalmente pelo maior relacionamento com sua base de clientes, por meio do crescimento do consumo de produtos e serviços”, diz BB em resposta enviada por e-mail de sua assessoria de imprensa. “O banco realiza continuamente estudos de evolução de valores de tarifas e pacotes de serviços e promove eventuais atualizações assegurando que os preços praticados estejam entre os mais competitivos do mercado”. O Bradesco e Itaú não quiseram comentar tarifas.

Mundial
A CVM ouve Michael Ceitlin e Paulo Pozo em 14 de setembro no caso da Mundial (MNDL3), conforme decisão está publicada no Diário Oficial. A CVM decide que ouvirá Michael Ceitlin e Paulo Cezar Pozo de Mattos, na sua sede no Rio, sobre caso que apura suposta manipulação de mercado e negociação com uso de informação privilegiada com ações da Mundial.

O processo foi aberto em razão da oscilação nas cotações das ações ordinárias e preferenciais de emissão da Mundial de julho de 2010 a julho de 2011.

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 Gol
No final de julho, a Gol (GOLL4) anunciou a eleição do executivo Richard Lark para comandar a vice-presidência de finanças no lugar de Edmar Lopes, que estava no posto desde 2012 e seguirá na empresa. Segundo o Estadão, a companhia aérea vai nomear Lopes para buscar oportunidades de consolidação no setor na América Latina.

 CSN
Segundo a coluna de Lauro Jardim do jornal O Globo, a CSN (CSNA3) avisou na semana passada a todos os fornecedores que o prazo para o pagamento das faturas passou de 30 dias para 120 dias. 

Já no noticiário do setor, destaque para o relatório do BTG Pactual que ressalta uma perspectiva positiva para as siderúrgicas, afirmando que as expectativas futuras superam a fraqueza do retrovisor e os investidores estão olhando muito além. A preferência é pela Gerdau (GGBR4). 

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Os dados de alta freqüência em aços ainda retratam um ambiente operacional desafiador, embora haja alguns sinais preliminares de estabilização. Porém, a alta dos preços ressaltam uma antecipação de um cenário de melhora que está por vir. “Mantemos nossa visão otimista sobre o potencial de recuperação no longo prazo e estamos otimistas sobre a temática das siderúrgicas latino-americanas”. Enquanto a Gerdau é top pick, a Usiminas continua a ter o risco-retorno mais elevado dentro da cobertura do banco para o setor.

Petrobras
O jornal Valor Econômico ressalta que apenas três poços, todos restritos à área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, estão sendo perfurados pela Petrobras (PETR3;PETR4) no mar brasileiro, neste momento, como retrato  das atividades exploratórias do país atualmente.

O setor de exploração praticamente parou este ano, impactado pelos cortes de investimentos da estatal e das demais petroleiras que operam no país, em meio ao cenário de intensificação da queda do barril depois de um já difícil 2015, e atingiu no primeiro semestre seus níveis mais baixos dos últimos 60 anos. De acordo com levantamento feito pelo jornal, foram feitas apenas 16 perfurações de poços exploratórios, em terra e mar, no Brasil, na primeira metade do ano – o número mais baixo para o período desde 1957. 

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Randon
A Randon (RAPT4) teve queda de 26,1% na receita líquida consolidada em julho deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano até julho, a receita líquida consolidada somou R$ 1,64 bilhão, recuo de 4,3% na base de comparação anual. 

A receita bruta tota foi de R$ 293,9 milhões no mês passado, queda de 23,1% ante julho de 2015.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.