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Os grandes bancos brasileiros, que viviam em pé de guerra com as exchanges de criptomoedas, entraram com tudo no mercado cripto. Nos últimos dois anos, a maioria das instituições bancárias com operação no país começaram a disponibilizar moedas digitais ou produtos de investimentos associados a elas em suas plataformas.
No Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Inter, por exemplo, os clientes podem encontrar fundos de criptomoedas. Já os usuários de XP e Nubank conseguem comprar e vender Bitcoin e altcoins (termo para identificar qualquer cripto diferente do BTC) via sites e aplicativos.
A entrada de bancos no setor, que até pouco tempo era vista como “coisa de nerd”, é uma resposta à demanda dos investidores. Um estudo da Sherlock Communications de março mostrou que 25% dos brasileiros querem comprar criptoativos nos próximos 12 meses. No ano passado, a Visa citou em um levantamento que 40% dos detentores de criptos trocariam seu banco por algum que oferecesse produtos associados a ativos digitais.
E essa aposta das instituições bancárias no gordo mercado de moedas virtuais – avaliado em quase US$ 1 trilhão, segundo o agregador CoinMarketCap – é positiva para os investidores, que agora têm mais uma opção para comprar criptomoedas. O processo para adquirir Bitcoin e altcoins em instituições bancárias é bem parecido com o das corretoras. Há, no entanto, pequenas diferenças.
Como comprar
As exchanges são similares a corretoras de valores. Para comprar criptos nelas, é preciso fazer um cadastro rápido via site ou aplicativo. Normalmente, o usuário precisa informar alguns dados pessoais e enviar uma foto. Depois da aprovação do registro, basta transferir dinheiro e comprar a criptomoeda escolhida.
No caso dos bancos digitais, a forma de comprar criptos é semelhante. O primeiro passo é abrir uma conta bancária, e hoje em dia é possível fazer isso pela internet de forma rápida. No geral, é só preencher alguns dados pessoais, como nome completo, RG e CPF, e enviar uma foto.
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A partir daí basta usar o saldo existente, ou depositar via Pix de uma conta externa, para comprar as criptos disponíveis. Os bancos digitais ainda não permitem comprar usando stablecoins, ou qualquer outro criptoativo – aceitam apenas reais.
As criptos compradas ficam na conta e podem ser liquidados de volta para moeda comum a qualquer momento, mas não podem ser transferidas antes dessa conversão.
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Prós e contras de exchanges
Uma das principais vantagens das exchanges é a variedade de ativos digitais. Algumas corretoras com operação no Brasil oferecem centenas de ativos digitais para negociação, não somente as moedas mainstream do mercado, como BTC, ETH (ETH), Cardano (ADA), etc.
Além disso, elas têm ferramentas avançadas de negociação, em especial para aqueles que gostam de fazer trading. Investidores mais experientes também podem lucrar com arbitragem (ou seja, capitalizar com pequenas diferenças de preços de um ativo digital em diferentes locais).
Uma das principais desvantagens das corretoras, no entanto, são suas interfaces, que podem assustar os investidores novatos do mercado cripto. Nelas, há termos e operações complexas e desconhecidas por pessoas com pouco conhecimento no mercado financeiro.
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Outro ponto negativo é que as corretoras não são reguladas. No Brasil, o projeto de lei que regulamenta o setor cripto está travado na Câmara dos Deputados. Para investidores conservadores, mais suscetíveis a investir em entidades supervisionadas por órgãos governamentais, esse fato pode ser visto como uma desvantagem. Importante ressaltar, no entanto, que apesar de não existir regulação, as corretoras costumam ser seguras.
Leia também: O que é uma exchange de criptomoedas?
Prós e contras de bancos
No caso dos bancos, um dos pontos positivos é a comodidade. Neles, as opções de investimentos em cripto normalmente ficam lado a lado com outros produtos financeiros. Como o brasileiro já está acostumado a mexer em apps de bancos, aplicar em cripto fica fácil.
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Alguns bancos também oferecem exposição direta a criptomoedas, assim como ocorre nas exchanges. Outros, entretanto, disponibilizam apenas fundos de criptoativos. Esses produtos de investimento normalmente exigem um aporte mínimo, que varia conforme o produto e a gestora.
Uma das desvantagens dos bancos digitais é a falta de opções. Eles disponibilizam apenas ativos conhecidos, como BTC e ETH. O setor, no entanto, tem milhares de criptomoedas, algumas delas com projetos bem fundamentados e com boas chances de valorizar no longo prazo.
Outro ponto negativo é que os bancos, diferentemente de algumas exchanges, não oferecem opções de ferramentas sofisticadas para trading de moedas digitais. Além disso, eles não permitem que os usuários saquem ou transfiram as criptos das carteiras.
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