Banco esquenta recomendação de Usiminas (USIM5) e esfria de CSN (CSNA3); entenda

CSN Mineração e Vale têm recomendação mantida

Felipe Moreira

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O Itaú BBA atualizou suas estimativas para as ações de CSN (CSNA3), CSN Mineração (CMIN3), Vale (VALE3) e Usiminas (USIM5) para incorporar novas estimativas de preços de minério de ferro e resultados do quarto trimestre de 2023 (4T23).

Em um ambiente desafiador para os preços globais do aço e em momento bastante fraco para a procura de minério de ferro na China, a equipe de research do banco disse preferir empresas que estejam negociando a múltiplos relativamente baratos e que possam gerar um fluxo de caixa (FCF) decente em 2024, até mesmo devolvendo dinheiro aos acionistas.

Com isso, o BBA elevou a recomendação para a ação da Usiminas de equivalente à neutro para equivalente à compra, com preço-alvo passando e R$ 9,50 para R$ 12, o que representa um potencial de valorização de 18% frente a cotação de fechamento de quarta-feira.

Segundo relatório, a revisão é principalmente devido à visão mais otimista sobre um potencial declínio nos custos de produção de aço nos próximos trimestres, o que provavelmente sustentará um momentum positivo de lucros para a ação.

O banco vê uma proposta de risco-recompensa razoável, apoiada pelo bom rendimento de FCF esperado de 8% para 2024 e um atrativo potencial de valorização DCF de 18%. As ações da Usiminas estão sendo negociada a um Valor da Firma (EV)/EBITDA de 3,6 vezes para 2024, o que parece barato em relação aos níveis históricos.

Usiminas (USIM5) elevada, CSN (CSNA3) cortada

Por outro lado, analistas do Itaú BBA optaram por rebaixar a recomendação para CSN de neutro para venda, juntamente com preço-alvo, que passou de R$ 20 para R$ 15, implicando em potencial de queda de 2%.

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O banco projeta um Ebitda de aproximadamente R$ 9,45 bilhões para a CSN em 2024 (em comparação com R$ 12,8 bilhões do modelo anterior), principalmente devido a preços mais baixos de minério de ferro realizados e menores preços de aço doméstico.

Além disso, BBA vislumbra geração de caixa negativa devido ao vultoso investimento de capex em mineração até 2028, e a CSN sendo negociada com um EV/EBITDA estimado de 6 vezes para 2024, o que parece ligeiramente esticado.

CSN Mineração e Vale têm recomendação mantida

O Itaú BBA manteve classificação neutra para CSN Mineração e introduziu um novo preço-alvo de R$ 6,0, abaixo dos R$ 7,40 de antes, com um modesto potencial de valorização de 16%.

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Agora analistas esperam que a mineradora reporte um Ebitda de R$ 5,1 bilhões em 2024 (antes R$ 7,9 bilhões), principalmente devido à incorporação da nova curva de preços de minério de ferro.

De acordo com cálculos do BBA, a empresa vem sendo negociada a 5,9 vezes EV/Ebitdapara 2024, um prêmio de aproximadamente 37% em relação à Vale, o que impede o banco de ser mais otimistas com a ação. O FCF de 2024 a 2028 também será prejudicado por seu projeto de expansão (acretivo).

Já para Vale (VALE3), o banco reiterou recomendação de compra, mas reduziu o preço-alvo do ADR de US$ 17 para US$ 14.

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“A revisão para baixo é principalmente devido à incorporação da nova curva de preços de minério de ferro”, diz relatório. Analistas estimam um retorno total para o acionista (TSR) de 23% para 2024 (16% de potencial de valorização DCF + 7% de dividend yield, já excluindo os US$ 2,4 bilhões em dividendos pagos em março).

A ação da Vale está sendo negociada a um EV/Ebitda de 4,3 vezes para 2024. Embora reconheça o fraco momentum do preço do minério de ferro, o BBA vê desvantagem limitada para a ação nos níveis atuais.