Banco do Brasil (BBAS3): XP vê dias “menos ensolarados”, mas mantém recomendação de compra para ações

Apesar de otimismo com o banco, a corretora considera que é possível que cortes de juros, discussões regulatórias e incertezas políticas impactem nome

Camille Bocanegra

Sede do Banco do Brasil em Brasília (Divulgação)
Sede do Banco do Brasil em Brasília (Divulgação)

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Mesmo com expectativas de “dias um pouco menos ensolarados” no futuro próximo, a XP manteve recomendação de compra para o Banco do Brasil (BBAS3) e preço alvo de R$ 61,00 por ação para 2024, ou potencial de alta de 25% em relação ao fechamento de quarta-feira (11).

Os papéis do Banco do Brasil apresentam alta de 51,12% em 2023, com avanço de 3,98% no mês.

Para XP, os ativos negociam abaixo da sua média histórica, mesmo após o rali recente. Assim, o responsável pela mudança de clima próxima para os papéis do banco seria a movimentação da política monetária.

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Olhando para trás, com o recente ciclo “rápido e robusto” de aperto monetário no Brasil, com uma elevação de 11,75 pontos percentuais na Selic entre março de 2021 a agosto de 2022, o BB teve elevação de seus resultados, apontou o XP.

Contudo, a política monetária está agora na direção oposta, com queda dos juros. “Embora isto possa ainda não ser um obstáculo, certamente não será um vento favorável tão forte como tem sido durante os últimos dois anos”, avaliam os analistas Bernardo Guttman, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.

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A expectativa da corretora é que o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) fique mais pressionado pelo cenário e que o nível de rentabilidade não seja mantida, ainda que a carteira de crédito do banco seja considerada como “adequada”.

” O ambiente atual que vem se desenhando combina taxas de juros mais baixas e concorrentes voltando, ainda que gradativamente, a ser mais agressivos na originação de crédito”, comentam. É possível, ainda que não seja o cenário base para a XP, que o banco consiga superar os obstáculos e garantir um upside para as ações.

Riscos para Banco do Brasil

O maior risco considerado para o banco é o aspecto da governança,  que é observado de perto pelos investidores. O relatório considera, no entanto, que houve progresso na área e que iniciativas como a retirada da oferta de crédito consignado colaboram para a visão mais otimista neste campo.

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“Embora reconheçamos que a governança deva ser sempre monitorada, acreditamos que este é um momento em que qualquer eventual desconto de governança deveria, teoricamente, estar em níveis mais baixos”, analisa a XP.

Entre outros fatores que podem afetar o nome, estão também discussões regulatórias e incertezas políticas. Na análise da corretora, a companhia é mais vulnerável a esse tipo de pressão por se tratar de uma empresa estatal.