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Na sessão desta sexta-feira (6), entre os bancões que compõem o Ibovespa, os destaques de alta ficaram para o Banco do Brasil (BBAS3, R$ 48,85, +4,07%) e o Santander Brasil (SANB11, R$ 27,19, +1,91%).
O mercado repercutiu, além da melhora geral dos ativos durante o dia, a elevação de recomendação, com o Bradesco BBI elevando a recomendação do BB para compra, enquanto o Santander Brasil foi elevado para neutra pelo BTG Pactual.
Confira os principais pontos dos analistas para a mudança de tese:
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Bradesco BBI eleva Banco do Brasil
“Uma fortaleza, com um valuation atraente demais para ser ignorado? Compre!” Com essa visão, o Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações do Banco do Brasil (BBAS3) de neutro para outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra). O preço-alvo também foi elevado, de R$ 48 para R$ 60, com um potencial de alta de 28% em relação ao fechamento da véspera.
“Atualizamos a recomendação com base em seu valuation atraente, crescimento adequado dos lucros e ROE acima dos pares, que é apoiado pela entrega de um rendimento de dividendos atraente, acima de outros bancos de grande capitalização”, apontam a equipe de analistas do banco.
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O BBI aponta que a ação BBAS3 está sendo negociada com descontos de 16% e 39% em relação aos seus níveis históricos de múltiplos P/VPA (preço sobre valor patrimonial por ação) e P/L (preço sobre lucro), enquanto o crescimento de seus lucros está em cerca de 10% e o ROE (Retorno sobre patrimônio líquido) entre 20 e 21% (acima do custo de capital de 16,6%).
Enquanto isso, o Banco do Brasil tem uma base de capital superior, com CET1 (que compara o capital de um banco com seus ativos ponderados pelo risco) de 12,2%, o que lhe permite pagar 40% dos dividendos e oferecer um rendimento de 10%, citam os analistas.
Assim, também elevaram as suas estimativas de lucro líquido em 7% e 11% para 2024 e 2025, respectivamente, impulsionadas principalmente por uma melhor receita líquida de juros em um crescimento mais rápido. “Por fim, aumentamos nossa estimativa de payout [proporção do dividendo em relação ao lucro] de 30% para 40%”, o que resultou na elevação de um preço-alvo.
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BTG eleva Santander para neutro
As units do Santander Brasil (SANB11), por sua vez, tiveram a sua recomendação elevada pela equipe de análise do BTG Pactual, mas de venda para neutra. O preço-alvo em doze meses para os ativos é de R$ 28.
O BTG aponta que, desde o final de 2021, o Santander Brasil implementou mais medidas de precaução em relação ao crescimento do crédito e à seletividade dos clientes. Assim, esperavam que este modo de aversão ao risco impactasse o NII (margem financeira), com as provisões para perdas com empréstimos continuando a apresentar uma tendência mais elevada devido ao ciclo de crédito passado, pressionando o ROE.
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Esta dinâmica afetou os resultados do banco. Isso, combinado com uma forte alta da taxa Selic prejudicando a margem financeira do mercado, fez com que o ROE caísse de 20,4% em 2021 para 7,8% no 4T22.
Na época, o SANB11 também estava sendo negociado com um prêmio P/L muito alto de 25% sobre o Itaú (ITUB4), uma avaliação que os analistas acreditavam não ser justificada, o que os levou a rebaixar o SANB11 para venda no início do ano.
“Dito isto, o desconto para o Itaú diminuiu nos últimos meses. Além disso, acreditamos que há maiores chances de uma recuperação um pouco mais rápida (o que ainda não vemos no Bradesco BBDC4, por exemplo).
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O BTG ainda espera sinais mais claros de melhoria no terceiro trimestre, com aceleração da originação de novos cartões de crédito, e melhorias em métricas de qualidade de ativos. “As métricas de qualidade dos ativos, que estiveram sob muita pressão em 2022, devem apresentar sinais de melhora, indicando que podemos ter atingido um ponto de inflexão para os próximos trimestres”, aponta a equipe de análise.
Cabe destacar que, na véspera, o Itaú BBA elevou a recomendação para os bancos Bradesco e Santander de underperform (desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à venda) para marketperform ao considerar que ambos estão “saindo aos poucos de um buraco negro” e devem entregar ROE de 13% e 16% em 2024, nessa ordem, contra 11% e 13% em 2023.