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O Bank of America (BofA) aumentou o preço alvo de R$ 33 para R$ 35 para as ações de JBS (JBSS3) após os resultados do quarto trimestre de 2023. Em análise publicada nesta quarta-feira (3), o banco considerou que a empresa caminha para uma “forte recuperação dos lucros em 2024”. O relatório trouxe, ainda, estimativas ajustadas e reiterou a classificação de compra para o papel.
As ações da JBS fecharam com alta de 0,62%, cotadas a R$ 20,99, após operarem no negativo, na primeira metade do pregão. No ano, o papel apresenta perda de 15,8%.
O otimismo do BofA com o frigorífico vem da ausência de “sinais amarelos para 2024”, mesmo que o desempenho apresentado tenha ficado aquém das expectativas. Ainda assim, a mensagem passada pela administração na teleconferência foi o suficiente para que o banco considerasse construtivo, em especial em relação à Seara.
Dentre os pontos assegurados no evento, estão a recuperação de margem da Seara e as melhoras operacionais na carne bovina nos EUA. A Seara apresentou desempenho considerado decepcionante em 2023 com queda de margem para 4,4%.
A administração reforçou que já busca recuperação para margem de dois dígitos no primeiro trimestre de 2024. A afirmação fez com que o banco atualizasse as estimativas para 10,1% em 2024, ainda que o primeiro trimestre de 2024 seja considerado o mais fraco do ano.
Desafios da JBS (JBSS3)
Em relação ao negócio de carne bovina, os principais desafios são operacionais, assim como condições de mercado mais complexas. Apesar de ter apresentado margem pior que concorrentes no 4T23, a análise reforça que os números já apresentam inflexão e podem ser superiores no 1T24.
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A estimativa para o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA, na sigla em inglês) foi mantida em R$ 24,2 bilhões pelo BofA, com aumento de 51% em relação ao observado em 2023.
A companhia negocia com valuation atrativo em relação aos concorrentes brasileiros e americanos, em 5,4 vezes a relação entre valor da empresa sobre o EBITDA (EV/EBITDA na sigla em inglês) e em 5,9 vezes o preço sobre lucro (P/E, na sigla em inglês).
O desconto é visto como “injustificado dada a diversificação geográfica e de produtos da empresa”.