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Com o objetivo de ampliar a oferta de produtos oferecidos ao mercado, a B3 planeja negociar novos ativos na bolsa brasileira. Entre eles estão um novo contrato futuro de ouro, e outro que acompanha os preços da criptomoeda Ethereum (ETH).
“A gente quer completar nossa prateleira de produtos, [com] Brent (petróleo), commodities, outros minerais”, disse Marcos Skistymas, diretor de produtos listados da B3, que participou na sexta (30) da Expert XP, que acontece em São Paulo até este sábado (31).
“A gente pretende lançar um futuro de ouro esse ano. A gente acha que tem muita demanda de pessoa física”, ressaltou. “[Também] estamos olhando Ethereum. A gente lançou o futuro de Bitcoin. Tem um trabalho de conhecimento, divulgação do mercado, mas no início do ano que vem a gente quer lançar (o futuro) de Ethereum”, disse.
Sobre o que ainda tem pela frente, o diretor da B3 disse que a companhia analisa ainda desenvolver outras moedas além do dólar.
O futuro de petróleo já chegou a ser negociado na bolsa brasileira, mas Marcos Skistymas disse que na época, o mercado de renda variável ainda não tinha tantas pessoas físicas no mercado. “[Futuro de petróleo] tinha um viés institucional”, afirmou. Ele aposta no aumento de pessoas físicas na bolsa para negociar o papel.
O diretor disse ainda que o lançamento do futuro de Bitcoin (BITFUT), em abril desse ano, foi “excelente” e o resultado foi acima da expectativa. “Nem a XP nem a B3 esperava essa atração tão rápida”, comentou.
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BITFUT é caro
Roberto Indech, head de Relações Institucionais de Renda Variável da XP, que mediou painel com a presença de Marcos Skistymas, questionou o diretor da B3 sobre o preço alto do contrato de BITFUT para pessoa física.
“A gente não sabe se diminui o tamanho do nosso contrato ou cria um mini-concrato. A gente está conversando”, disse. “Nosso objetivo é diminuir o tamanho do contrato. Pensamos em dividir por dois”, complementou, ressaltando que isso depende, no entanto, de conversas com órgãos reguladores.
Day trade cresceu
O executivo destacou ainda o crescimento do day trade na bolsa brasileira. Ele explicou que o interesse na atividade aconteceu no mundo inteiro, notadamente nos Estados Unidos e Ásia.
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“ A gente falava em 500 mil (pessoas na bolsa) em 2019, hoje são 5 milhões. Quase 700 mil pessoas fizeram day trade ano passado”, ressaltou.
Ele acha que o mercado atualmente está muito influenciado pelas altas taxas de juros aqui e nos Estados Unidos, o que afasta pessoa física do mercado de renda variável.
“O momento macro, com taxas de juros altas no Brasil e Estados Unidos, não estimula muito o mercado de bolsa. Sendo que (o investidor) não precisa correr riscos, diante de boa rentabilidade com baixo risco. Mas é uma condição de momento. É ficar preparado para o momento melhor”, comentou.
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“Nosso papel é criar a prateleira completa”, afirmou. “Independente do macro, cada vez mais as pessoas estão preocupadas com seus investimentos”, ressaltou.
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