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O Bradesco BBI rebaixou a recomendação para ação da B3 (B3SA3) de outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para neutro, ao incorporar últimos resultados e expectativas para 2024. O preço-alvo é de R$ 14 por ação, implicando em 13% de valorização em relação aos níveis atuais.
Os analistas do banco também explicam que a atual conjuntura não é favorável para operadora da bolsa brasileira, tendo em vista que os volumes de ações ainda continuam baixos no mercado à vista e ainda há aumento do ruído sobre uma potencial concorrência, bem como há menor alavancagem operacional do que outros players.
Nos últimos trimestres, os investidores têm aguardado uma potencial recuperação das atividades do mercado de capitais, que continuam a depender da melhoria das condições das taxas de juro locais e globais. Diante disso, o banco disse prefererir adicionar exposição ao setor por meio de XP (XPBR31) versus B3, que mostra melhor assimetria risco-recompensa com potencial tanto para revisões para cima nos lucros quanto para expansão de múltiplos, enquanto o mercado continua “assistindo a tinta secar”.
Apesar dos recentes anúncios públicos de players dispostos a ingressar no mercado de negociação e pós-negociação de valores mobiliários, que aumentaram a percepção de risco do mercado na B3 devido à concorrência potencialmente maior em seus principais segmentos, o BBI não acredita que levantará preocupações relevantes sobre o crescimento mais fraco da receita da B3 no curto e médio prazo.
No entanto, analistas destacam que — embora do ponto de vista operacional o impacto da concorrência potencial possa ser limitado no curto e médio prazo — o aumento da percepção de risco dos investidores poderá limitar o potencial de reavaliação das ações da B3 nos próximos trimestres.
Por fim, o BBI ressalta que historicamente os volumes têm superado o faturamento da B3, à medida que a empresa aumenta os descontos e compartilha os benefícios dos maiores volumes de negociação em toda a cadeia do mercado, o que leva o banco a acreditar que a alavancagem operacional da B3 tende a ser muito menos pronunciada do que o mercado pode pensar.