B3 (B3SA3): após reportar volumes fracos em agosto, analistas seguem neutros com ação

B3 divulgou seus dados operacionais do mês de agosto, com volume financeiro médio diário de ações em R$ 25,4 bilhões

Felipe Moreira

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A B3 divulgou na última quarta-feira (13) seus dados operacionais do mês de agosto, com volume financeiro médio diário (ADTV, na sigla em inglês) de ações em R$ 25,4 bilhões, abaixo da média mensal do 2T23 de R$ 27,7 bilhões.

Já a velocidade de giro melhorou 497 pontos base na comparação mês a mês, atingindo 138,9% em agosto, mas bem abaixo dos 159% do ano passado.

Enquanto isso, o volume financeiro médio de derivativos listados cresceu 5,0% mês a mês, “impulsionado principalmente pelas taxas de juros em reais, que subiram 6,1% mês a mês”, observa o Credit Suisse.

A Receita por contrato (RPC), por sua vez, diminuiu 1,3% mês a mês, de R$ 1,46 para R$ 1,44 em agosto. As receitas de derivativos listados cresceram 13,5% mês a mês, embora tenham diminuído 7,7% em relação ao ano anterior.

Em agosto, a participação de indivíduos em ações à vista e derivativos de ações foi de 13,9%, em comparação com 13,8% em julho e 16,4% no ano anterior.

O número de contas de depósito de varejo atingiu 5,65 milhões, uma diminuição de 612 mil adições líquidas mês a mês (+315 mil em relação ao ano anterior). O número de contas individuais diminuiu para 4,81 milhões (-10,2% mês a mês), “o que é explicado pelo vencimento dos BDRs da Nubank”, aponta o Credit Suisse.

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O resultado pode ser atribuído, em parte, ao péssimo desempenho da Bolsa, que acumulou perdas de 5,19% no período.

De formal geral, o Credit Suisse avalia os dados operacionais de agosto como neutros para as ações da B3, uma vez que os números seguiram a sazonalidade de julho e permaneceram fracos em agosto.

O Bradesco BBI também classificou os dados como neutros para a B3, com destaque para os volumes ainda em níveis fracos de R$ 25 bilhões e receitas de derivativos em torno de R$ 200 milhões. “Diante disso, uma reavaliação da B3 ainda parece depender em grande parte do aumento dos volumes em relação aos níveis atuais”, destaca o banco.

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Avaliação descontada, mas analistas mantêm recomendação neutra para B3

Em termos de avaliação, a B3 está sendo negociada a 15,3 vezes Preço (P)/ Lucro (L) em 2023 e 14,0 vezes P/L em 2024, um desconto de 17% em relação ao seu P/L histórico de 18,5 vezes, bem como 10 pontos percentuais acima do desconto histórico em relação aos pares globais, que é de 32%.

Portanto, o Credit Suisse considera que a B3 está bem avaliada neste nível, embora com uma boa assimetria para cima, considerando um potencial aumento de impulso nas atividades dos mercados de capitais no 2º semestre de 2023 ou em 2024. Com isso, o banco suíço mantém classificação neutra e preço-alvo de R$ 16.

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