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As ações da Azul (AZUL4) registraram a sua terceira sessão seguida de fortes ganhos, em meio às notícias desde sexta-feira de que a companhia estaria perto de um novo acordo com arrendadores de aviões. No último dia 13, os ativos saltaram 22,52%, subiram 10,91% na véspera e dispararam 13,84%, a R$ 6,25, nesta terça-feira (17), ante cotação de R$ 4,04 do fechamento de quinta-feira (12).
Com isso, conforme ressalta a consultoria Elos Ayta, a Azul registrou uma impressionante valorização de 54,2% entre os três pregões, após atingir seu menor preço histórico. Este é o melhor desempenho entre todas as ações que compõem o Ibovespa nesse período.
O valor de mercado da companhia passou a R$ 2,16 bilhões no fechamento de 17 de setembro, um incremento de R$ 761 milhões em relação ao valor registrado no último dia 12.
Contudo, aponta a consultoria, apesar dessa forte recuperação nos últimos três dias, as ações da Azul ainda estão 90% abaixo do seu pico histórico de 28 de janeiro de 2020, quando atingiram o valor de R$ 62,41.
Esclarecimentos
No domingo, ao prestar esclarecimento sobre possível acordo de arrendadores, a empresa disse que está em negociações para otimizar a estrutura de equity acordada no plano de otimização de capital do ano passado, cujos termos envolvem, dentre outros, uma potencial substituição de tal dívida por participação societária na Azul.
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“Dado que, no momento, as negociações seguem em andamento e não há documento vinculante firmado, os termos e condições de uma eventual reestruturação ainda estão sujeitos a discussão e definição pelas partes envolvidas”, comentou a Azul.
A empresa do setor aéreo diz ainda que tais negociações não excluem ou limitam outras discussões e modelos para a otimização de sua estrutura de capital. A companhia comenta ainda que manterá seus acionistas e o mercado em geral informados e voltará a comentar o assunto caso seja concretizado qualquer fato que deva ser divulgado na forma da lei e regulamentação aplicáveis.
A Azul tem discutido com os donos de aeronaves uma conversão de US$ 600 milhões de dívida em ações, o que aliviaria a estrutura de capital da empresa. Essa conversão havia sido acordada no ano passado mas, ao invés de converter dívida em capital ao longo de três anos, o plano agora é fazer a conversão de uma única vez.
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(com Reuters e Estadão Conteúdo)