Aura Mineral (AURA33) registra alta de 5% na produção de ouro no terceiro trimestre de 2022

A produção dos últimos doze meses ultrapassou 250 mil GEO no final do terceiro trimestre de 2022, quando excluída a produção de Gold Road

Felipe Moreira

Aura Minerals (Divulgação/Aura Minerals)
Aura Minerals (Divulgação/Aura Minerals)

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A produção total da Aura Mineral (AURA33) atingiu 58,2 mil onças de ouro equivalente (GEO) durante o terceiro trimestre de 2022 (3T22), um crescimento de 5% quando calculada com base nos preços correntes e 8% a preços constantes
relativos ao 2T22, informou a mineradora nesta manhã de terça-feira (11).

A produção dos últimos doze meses ultrapassou 250 mil GEO no final do terceiro trimestre de 2022, quando excluída a produção de Gold Road, que teve sua operação suspensa durante o quarto trimestre de 2021. No acumulado dos 12 meses manteve-se estável a preços constantes em relação aos trimestres anteriores.

A produção de concentrado em Aranzazu aumentou 6% em relação ao 2T22, “como resultado de volumes de produção consistentemente acima das 100.000 toneladas por mês e atingindo uma média mensal de 104.400 toneladas minério processado na planta durante o terceiro trimestre – recorde de produção para um único trimestre”, diz a companhia. “A produção em GEO foi impactada pelos preços mais baixos de cobre no trimestre”, completa.

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Já a produção em San Andres ficou abaixo da expectativa da administração da Aura Minerals. Em julho de 2022, a Aura contratou um novo operador de mina, que deverá aumentar os níveis de produtividade e reduzir os custos caixa nos próximos
trimestres.

Em EPP, a operação da mina concentrou-se na fase II da cava de Ernesto, resultando em teores mais altos. A companhia espera que isso resulte em uma produção significativamente melhor no 4T22.

Para o 3T22, a Aura também focou na mistura de minério de teor médio/baixo para reduzir o estoque, otimizando o fluxo de caixa. A produção foi um pouco melhor do que a expectativa da administração, atingindo cerca de 18.000 onças de ouro no
trimestre. A Aura espera que EPP entregue produção mais forte no quarto trimestre de 2022.

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Durante o 3T22, as fortes chuvas acima da média histórica para o trimestre e a menor produtividade devido às negociações e período de transição para o novo contratista de mina, impactaram negativamente a produção. A Aura espera que os níveis de produção de San Andres aumentem no 4T22.

“Esperamos fortalecer nossa produção em todas as três operações à medida que avançamos para o quarto trimestre, principalmente em EPP com teores mais altos e em San Andres, onde se espera que as eficiências operacionais entrem em vigor”, comenta Rodrigo Barbosa, Presidente e CEO da companhia.

O Itaú BBA destacou que a Aura reportou resultados preliminares de produção mais fortes para o 3T22. A produção de ouro ficou 5% acima do trimestre anterior, mas 2% abaixo do 3T21 (excluindo Gold Road). O aumento sequencial na produção provavelmente pode ser atribuído a níveis mais altos de produção em EPP, ajudado pelo processamento de qualidades mais altas de Ernesto Pit, que mais do que compensou a menor produção em Aranzazu e em San Andrés.

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No total, a produção atingiu 175 mil GEO no acumulado do ano, o que implica que a empresa terá que realizar uma produção recorde no 4T22 (de 85 mil GEO) para entregar o limite inferior de seu guidance de produção. “Acreditamos que a empresa poderia revisar seu guidance para baixo”, avaliam os analistas. O limite inferior do guidance é 8 mil GEO acima do trimestre mais forte da história.

“Olhando para o futuro, embora esperemos que Aranzazu continue a fornecer níveis de produção de concentrado sólido à frente, a produção em onças equivalentes de ouro provavelmente continuará sendo afetada negativamente pelos preços mais baixos do cobre. Para San Andrés e EPP, esperamos que a produção melhore nos próximos trimestres, à medida que as zonas de alto grau forem acessadas”,, avaliam.

Na visão do BBA, os próximos marcos que os investidores vão focar agora são: i) a entrada em operação do Almas; e ii) as obras de desenvolvimento/exploração e desenvolvimento/construção dos projetos Matupá ou Borborema (a prioridade para estes será definida em breve). Esses projetos abrirão o caminho para a Aura atingir sua meta de produção de médio prazo de 400 mil GEO por ano até 2024, aponta o banco.

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Os analistas têm recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para AURA33, com preço-alvo para 2023 de R$ 50,00, ou potencial de valorização de 48% frente o fechamento da véspera. Às 10h15 (horário de Brasília) desta terça-feira (11), os ativos caíam 1,27%, a R$ 33,40.