Associação de empregados pede destituição de CEO da Eletrobras (ELET3) em ação

Presidente da companhia é acusado de omitir informações sobre processo na CVM que apura supostas fraudes contáveis na IRB

Camille Bocanegra

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A Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL) entrou com ação civil pública com pedido de liminar contra a Eletrobras (ELET3; ELET6) e Ivan Monteiro, atual presidente da companhia.

A associação afirma que o presidente teria “omitido informações relevantes, as quais tinha o dever de tornar públicas, relacionadas a investigações envolvendo seu nome em negócios havidos quando era presidente do IRB Brasil (IRBR3)”. A ação foi recebida pela 6ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro e tem como valor de causa R$ 1.000.

Após ultrapassado o prazo para informação de credores que sobre a citação com acusação de Monteiro, a companhia não teria trazido o fato à publico, de acordo com a ação. Por isso, a associação requer a imediata suspensão de Ivan Monteiro do cargo de presidente e pede que seja designado para preenchimento do cargo administrador a ser nomeado pelo juízo, além de requerer a citação do Ministério Público. O pedido é que a suspensão se mantenha até o julgamento da ação.

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Procurada, a Eletrobras não comentou o fato. Um dos advogados da associação na demanda e responsável pela ação, Dr Angelo Remédio Garcez, também foi procurado e não retornou até a publicação da matéria.

Processo da CVM sobre IRB

O CEO da Eletrobras, Ivan Monteiro, e mais três ex-executivos do IRB (IRBR3) já receberam a citação, em 22 de agosto, com a acusação no processo sancionador da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que apura supostas fraudes contábeis na resseguradora, na época em que o executivo era presidente do conselho de administração da companhia.

Os outros três já citados foram a ex-conselheira Maria Elena Bidino e os ex-diretores Fernando Passos, que foi vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, e Lucia Maria da Silva Valle, que foi vice-presidente executiva de Riscos e Conformidade. As informações constam do site da reguladora do mercado de capitais.

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(com Estadão)