Assaí (ASAI3): ação salta de 6,25% após Receita cancelar arrolamento bilionário

Na visão do JPMorgan, no geral, essa notícia deve ajudar a diminuir as preocupações dos investidores

Equipe InfoMoney

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As ações do atacarejo Assaí (ASAI3) subiram forte com novos desdobramentos sobre os litígios fiscais da companhia. Nesta segunda-feira (14), os papéis ASAI3 subiram 6,25%, a R$ 7,14.

Na semana passada, o Assaí relatou que a Receita Federal do Brasil aceitou seu recurso administrativo e cancelou o “arrolamento” de cerca de R$ 1,3 bilhão em ativos da companhia por contingências do GPA (PCAR3).

Ainda segundo o Assaí, o GPA “reconheceu ser responsável” por suas próprias contingências e “deverá indenizar” e “manter o Assaí indene” por qualquer prejuízo decorrente disso.

Quando houve o arrolamento, o Assaí explicou, em fato relevante em 29 de setembro, que, em decorrência de uma cisão ocorrida em 31 de dezembro de 2020, tornou-se uma entidade independente. “Conforme os acordos firmados, não há solidariedade em relação a passivos anteriores à cisão”, explicou, à época.

A XP vê o anúncio como positivo, uma vez que remove uma importante incerteza sobre a ação, reduzindo as preocupações sobre as possíveis implicações para o ASAI3 oriundas das contingências tributárias do GPA. Portanto, já projetava uma reação positiva do mercado, embora observe que o momentum de curto prazo e a alavancagem continuam sendo uma preocupação para os investidores. “Mantemos nossa recomendação de compra, pois acreditamos que isso já está precificado na ação”, avalia.

Na visão do JPMorgan, no geral, essa notícia deve ajudar a diminuir as preocupações dos investidores de que a listagem dos ativos do Assaí levaria a uma decisão potencialmente negativa em torno das contingências fiscais de até R$ 13 bilhões que pertencem principalmente ao GPA.

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“Ainda assim, apesar do contrato entre Assaí e GPA estabelecer que cada uma seria responsável por suas próprias contingências do período pré-cisão, de acordo com a lei tributária brasileira, ambas as entidades são solidariamente responsáveis ​​por elas. Portanto, se o GPA não pagasse por suas próprias contingências pré-cisão, o Assaí terá que cobri-las, e vice-versa”, avalia o banco.

Para o banco, embora o balanço patrimonial atual do GPA e as perspectivas de fluxo de caixa livre sugiram que ela possa não ser capaz de cobrir totalmente essas contingências potenciais se os valores envolvidos forem substanciais, essas discussões fiscais provavelmente ficarão por muito tempo.

Além disso, se as contingências fiscais forem eventualmente colocadas, há potencial para descontos e financiamento. O JPMorgan segue neutro para as ações do Assaí.

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(com Estadão Conteúdo)