As próximas aquisições do Fleury (FLRY3) e a visão da CEO sobre o desempenho negativo da ação do grupo na Bolsa

Jeane Tsutsui participou de live do InfoMoney e falou sobre dividendos, expansão, nível de alavancagem, debêntures e riscos para 2022

Renan Crema

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O Grupo Fleury (FLRY3), que no ano passado adquiriu um centro de infusões, uma clínica oftalmológica e outra de ortopedia, pretende continuar ramificando sua atuação em novos mercados ao longo de 2022.

Para este ano, “existem oportunidades que estão sendo observadas, não só voltadas para a medicina diagnóstica, mas também para especialidades e novos negócios”, disse a CEO da companhia, Jeane Tsutsui, em live do InfoMoney.

A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do quarto trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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De acordo com Jeane, a estratégia do grupo é continuar fortalecendo sua atuação em medicina diagnóstica, core bussiness do Fleury, que fez, no ano passado, a aquisição de dois centros de diagnósticos, um no Espírito Santo e outro em Pernambuco, e ampliar o braço de novos negócios.

Esse ramo, chamado de “novos elos”, especificamente, representou 7,5% da receita total do grupo no quarto trimestre de 2021, o que, para a CEO, “mostra a consistência da nossa estratégia”.

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O Fleury encerrou 2021 com uma receita 30% superior à de 2020, com lucro líquido ajustado de quase R$ 350 milhões. A dívida bruta do grupo, entretanto, também cresceu em quase 13%.

A empresa fez emissões de debêntures nos últimos dois anos, de acordo com Jeane, para prospectar capital e alongar o perfil da dívida, o que colocou o Fleury numa posição saudável em termos de alavancagem (relação entre a dívida líquida e o Ebitda, que está em 1,3x) e gerou caixa. “Estamos atentos a questão de alocação de capital, para que tenhamos um bom retorno para o investidor”, disse.

Em relação ao resultado de 2021, foram anunciados R$ 297 milhões em dividendos aos acionistas e, segundo a CEO, neste momento, a política de remuneração aos detentores das ações vai se manter.

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Ainda no ano passado, as ações do Fleury apresentaram queda de pouco mais de 32%, tendência que vem se repetindo no início de 2022. Na avaliação de Jeane, influências externas, como o cenário macroeconômico nacional, diante da alta nos juros, e o contexto geopolítico, com o conflito entre Rússia e Ucrânia, por exemplo, acabam por afetar o setor de saúde como um todo.

Ela também adiantou que o Fleury não tem nenhum programa de recompra de ações aberto. “Apesar de dois anos bem difíceis, vimos um aumento no número de usuários de serviços de saúde suplementar. Continuamos com uma situação financeira saudável e um plano de crescimento tanto orgânico quanto inorgânico”, concluiu a CEO.

Jeane falou ainda que se houver liberação por parte do Ministério da Saúde para que a rede privada faça a imunização contra a Covid-19, o grupo Fleury poderá fazê-lo. Além disso, a executiva apontou os principais desafios levando em conta o atual cenário do país e explicou as ações que o Fleury tem realizado a respeito de práticas ESG.

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A CEO do Fleury também falou sobre o “Saúde iD”, estratégia de market place do Fleury. Para Jeane, “a telemedicina veio para ficar”. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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