As depressivas: as 16 ações que não reagiram ao repique do Ibovespa

Mesmo com o respiro do mercado brasileiro, ações como BR Malls e Randon voltaram a cair e atingiram seus menores patamares desde 2011

Thiago Salomão

Publicidade

SÃO PAULO – Depois de cair em sete dos últimos oito pregões, o Ibovespa finalmente teve um dia de repique nesta terça-feira (28), com alta de 0,29%, aos 47.840 pontos. Mesmo com os ganhos do pregão – que se arrefeceram no final do dia -, para 16 ações esse não foi um dia feliz, já que não conseguiram reagir na Bovespa e amargaram outra queda quando muitas outras tiveram alta.

Na cesta de ações que não reagiram, aparecem alguns representantes do setor industrial e de shopping center. O primeiro segmento segue “colhendo os frutos” da desaceleração da economia brasileira e do mal resultado da indústria doméstica, enquanto o outro segmento reflete os sinais de arrefecimento do consumo interno, isso sem contar os temores acerca dos “rolezinhos”, manifestações populares que provocaram o fechamento de shoppings em alguns dias deste ano.

Randon e Mahle Metal Leve então entre as industriais prejudicadas. A primeira, aliás, vê suas ações acumularem perdas de mais de 15% neste ano, fechando este pregão a R$ 9,63, seu menor patamar agosto de 2012. A Mahle, que já caiu 11% na Bovespa em 2014, fechou esta terça a R$ 24,15, mínima desde julho do ano passado.

Continua depois da publicidade

Dentre as administradoras de shopping centers, todas as suas representantes na Bovespa fecharam em queda nesta sessão – BR Malls, Iguatemi, Multiplan, Sonae Sierra Brasil e General Shopping. A BR Malls – a única delas a fazer do Ibovespa – caiu 2,08% nesta sessão e fechou a R$ 16,00, seu menor patamar dos últimos 30 meses. De outubro pra cá, os papéis BRML3 já caíram 26%.

No setor varejista, nenhuma foi tão mal quanto a Arezzo. A ação da companhia caiu 3,96% e fechou a R$ 25,45 – menor patamar desde maio de 2012. A companhia vive um momento bem distinto daquele visto ano passado, quando até o final de setembro estava valendo cerca de R$ 40 por ação na Bovespa – em maio ela chegou a atingir sua máxima histórica, de R$ 44,25. No acumulado de 2014, os ativos ARZZ3 já acumulam perdas de 14,5%.

A Queiroz Galvão foi outra que não ganhou impulso com a resposta positiva do mercado nesta sessão. Os papéis da companhia recuaram 2,08% e completaram seu 4º dia seguido de queda, fechando a R$ 8,94 – mínima desde agosto de 2012. No ano, o desempenho até então já é negativo em 8,6%; em 2013, ela havia caído 25,5%.

Continua depois da publicidade

Empresa Queda Queda
no ano
Fechamento
Arezzo 3,96% 14,45% R$ 25,45
JHSF 1,50% 7,28% R$ 3,95
Randon 2,92% 16,19% R$ 9,63
QGEP 2,08% 8,59% R$ 8,94
Ideiasnet 2,80% 15,76% R$ 1,39
Iguatemi 0,72% 6,77% R$ 20,79
Tereos 1,78% 11,24% R$ 2,21
Rodobens 2,13% 15,95% R$ 11,01
CVC 2,05% 6,54% R$ 14,30
Paranapanema 2,43% 15,36% R$ 4,41
Copasa 1,60% 13,95% R$ 32,01
SLC Agrícola 1,44% 9,61% R$ 18,44
General Shopping 1,47% 21,63% R$ 7,39
Sabesp 1,76% 15,72% R$ 22,30
Mahle Metal Leve 1,43% 11,86% R$ 24,15
BR Malls 2,08% 6,16% R$ 16,00 

Thiago Salomão

Idealizador e apresentador do canal Stock Pickers