Arrecadação no Brasil, ata do Fomc nos EUA e mais: o que olhar na semana

Tudo o que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Camille Bocanegra

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Na última semana, o destaque da agenda econômica ficou para a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que reforçou a visão mais preocupada com a inflação.

“Em nossa visão, a ata reforçou a mensagem dura do comunicado pós-reunião. Nós projetamos dois cortes adicionais de 0,25pp, levando a taxa Selic para 10,00%, patamar que deve permanecer por um bom tempo. O risco, contudo, é de uma taxa terminal maior”, comenta a equipe macroeconômica da XP Investimentos.

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Nos próximos dias, a agenda de indicadores ficará mais esvaziada, com destaque para os dados de arrecadação de abril, com estimativa do Bradesco de um número de R$ 229 bilhões. No fim da semana, serão apresentados os dados de transações corrente e de investimentos diretos no país. O Itaú projeta um déficit em conta corrente de US$ 2,1 bilhões, considerando o déficit anterior de US$ 200 milhões no mesmo mês de 2023. O investimento estrangeiro direto deve trazer resultado positivo de US$ 5,1 bilhões, com superávit de US$ 69 bilhões em 12 meses.

Além disso, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgará a segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de maio, na segunda-feira.

No campo político, a expectativa é que os esforços continuem focados em medidas de auxílio ao estado do Rio Grande do Sul diante das enchentes. A discussão sobre a folha de pagamento seguirão para empresas e municípios, uma vez que é possível que a desoneração para 17 setores seja mantida por agora. Nesse cenário, haveria aumento gradual da alíquota a partir do próximo ano.

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Temporada de resultados

Na semana que vem, algumas companhias ainda soltarão seus dados, como a XP (XBR31), que apresentará seu balanço em 21 de maio, e o Pagbank (PAGS34), que divulgará seu resultado em 23 de maio.


Ata do FOMC é destaque no exterior

O destaque nos EUA será a ata do Federal Open Market Comittee (FOMC) do Federal Reserve. O documento será divulgado na quarta-feira, detalhando a decisão que optou pela manutenção dos juros nos EUA no patamar atual (em primeiro de maio). Mesmo antes da divulgação, o documento já afetam os rendimentos dos Treasuries. Os yields do Tesouro dos EUA subiram nesta sexta-feira.

O abrandamento dos preços ao consumidor em abril aumentou as expectativas de que o banco central dos EUA poderá cortar as taxas duas vezes este ano, começando em setembro. Mas os operadores também estão cautelosos com o fato de que isso dependerá de as pressões sobre os preços continuarem a diminuir nos próximos meses.

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Além disso, na quinta-feira, serão apresentados o Índice de Atividade Nacional (CFNAI) e o índice PMI Composto da Markit, com dados de fevereiro. Na sexta-feira, o índice de confiança da Universidade de Michigan será apresentado, com projeção do mercado de 67,4.

No exterior, na terça-feira, a Alemanha divulgará o índice de preços ao produtor e a Zona do Euro trará a balança comercial de março. A quinta-feira será marcada pelo índice PMI composto, apresentado tanto pela Alemanha quanto pelo Reino Unido e Zona do Euro. No fim da semana, a Alemanha trará seu PIB final do 1º trimestre.

Confira a agenda da semana:

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Fonte: XP e Bradesco

(com Reuters)