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Entre as empresas que divulgaram resultados cujas ações negociam fora do Ibovespa, o destaque fica para a empresa de locação de máquinas pesadas e equipamentos Armac (ARML3).
A companhia reportou lucro líquido de R$ 43,4 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), montante 40,9% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 150,7 milhões no 2T23, um crescimento de 46,7% em relação ao 2T22. A margem Ebitda ajustada atingiu 51,6% entre abril e junho deste ano, alta de 3,5 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 2T22.
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Com isso, as ações subiram 5,42%, a R$ 14,00, na sessão desta sexta-feira (4), após chegarem a saltar 11,22% na máxima do dia.
O Itaú BBA destacou os bons resultados, apontando que o lucro surpreendeu positivamente, sustentado por uma produtividade melhor do que o esperado que resultou em uma melhoria das margens (eficiência operacional).
“Adicionalmente, os resultados para frente deverão melhorar à medida que a companhia ainda não terminou de alocar em contratos as máquinas compradas no fim do ano passado a preços vantajosos. Isso poderia implicar uma revisão positiva de nossas estimativas para o ano”, avaliam os analistas.
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O BBA tem recomendação de “compra” para ARML3 e preço-alvo de R$ 19 para o fim de 2024. Cabe destacar que, na semana passada, o banco atualizou suas estimativas para a Armac e também para Mills (MILS3), ambas empresas de locação de equipamentos.
Segundo o banco, as companhias devem se beneficiar de cortes nas taxas de juros; melhora das estimativas, considerando que boa parte dos clientes pertence a setores cíclicos que também se beneficiam de cortes de juros; e eventual novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) direcionando investimentos para infraestrutura, setor relevante para Mills e Armac.
Após crescimentos de dois dígitos nas vendas de equipamentos de linha amarela – maquinário pesado, caso tratores e escavadeiras – nos últimos anos, expectativas do setor apontam para um crescimento de apenas 4% em 2023. Entretanto, segundo os analistas, com cortes nas taxas de juros e aceleração de investimentos, o setor pode registrar um crescimento interessante em 2024. Esse crescimento poderia ser ainda mais forte se considerado um novo PAC.
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Já a Armac, por sua vez, deve compensar a mensagem de um investimento menor esse ano em relação a ano passado com uma tendência de recuperação nos dados de produtividade da companhia. Com relação a Mills, o BBA acredita que os números no curto prazo devem se beneficiar de dois grandes fatores: melhora de utilização das plataformas elevatórias da companhia e aceleração do segmento de equipamentos de linha amarela.
Na mesma linha, o Bank of America iniciou, no fim do mês passado, a cobertura para Armac e Mills com recomendação de compra para ambas.
Considerando o ciclo de vida útil das frotas, o banco americano vê as duas companhias com condições ideais em termos de balanço, conhecimento e logística para aproveitar a alta no segmento, impulsionada por demanda em agronegócio, construção e mineração.
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No longo prazo, para o banco, o retorno da Armac sobre o capital investido deve melhorar, crescendo dos 13%, desde o IPO até o momento, para 18% em 2040, ao mesmo tempo em que o ROIC da Mills deve cair para 15% no mesmo período, dos 19% atuais. A Mills divulga seus resultados na próxima quinta-feira (10).
Mais empresas de transporte em destaque
Além de Armac, outras duas companhias do setor de transporte divulgaram resultados, cujas ações fecharam a sessão desta sexta perto da estabilidade. São elas: Vamos (VAMO3), com ganhos de 0,66% (R$ 12,12) e Tegma (TGMA3), com queda de 0,53% (R$ 24,27).
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e veem as ações registrarem ganhos, ainda que menos expressivos. São elas: Vamos (VAMO3) e Tegma (TGMA3), com altas respectivas de 1,33% e 0,53%.
Na visão do BBA, o resultado da Vamos foi em linha com as suas estimativas e as do mercado, com destaque para boa alocação dos estoques de caminhões em novos contratos de aluguel e uma sólida rentabilidade na desmobilização de ativos.
A taxa de retorno dos novos contratos é atrativa, e a perspectivas para frente são positivas, uma vez que a companhia espera aumentar a taxa de utilização da sua frota e que o mercado de concessionárias retome a atividade. “Temos recomendação de compra para VAMO3 e preço-alvo de R$ 18 ao fim de 2024”, afirma.
A XP reiterou sua visão positiva para a ação depois do resultado, pois acredita que a pressão observada nos resultados deve ter um perfil de curto prazo, e o valuation atual oferece uma oportunidade.
De acordo com a casa, a companhia apresentou sinais positivos em meio a um trimestre fraco.
A Vamos abordou as preocupações recentes dos investidores durante o 2T23, afirmam. São elas: (i) desempenho de yield marginal, (ii) margem bruta de Seminovos e (iii) transações com partes relacionadas. Além disso, os resultados de locação permaneceram fortes, com atividade comercial resiliente e resultados robustos de Ebitda (+79%) na base anual.
No entanto, o lucro líquido foi prejudicado, principalmente por (i) fraco desempenho das vendas das concessionárias devido à desaceleração temporária do mercado de caminhões/equipamentos.
Sobre Tegma, o BBA viu os números em linha com suas projeções, refletindo o bom desempenho do setor, beneficiado pelo programa de incentivos do governo voltado à venda de carros novos.
Além disso, a companhia também reportou a sua maior participação de mercado nos últimos anos, em 25,8%.
“No entanto, com o fim dos descontos nos preços subsidiados pelo governo, temos uma expectativa mais branda para o setor no segundo semestre. Temos recomendação neutra (desempenho em linha com a média do mercado) para TGMA3 e preço-alvo de R$ 24 ao fim de 2023”, apontou.
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