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SÃO PAULO – Ao lado de Roberto Lavagna, Ministro da Economia, Nestor Kirchner, Presidente da Argentina, anunciou na última quinta-feira na Casa Rosada, a sede do governo argentino, que seu país obteve aceitação de 76,06% de seus credores à proposta de reestruturação da dívida.
A incerteza de alguns investidores era grande já que muitos dos detentores dos títulos em moratória desde dezembro de 2001 se opuseram à proposta.
Com a aceitação da proposta, o país teve uma redução em sua dívida de US$ 67,2 bilhões, segundo o ministro da economia Roberto Lavagna. Assim, pelo total de US$ 102,5 bilhões da dívida em moratória, o país irá emitir novos papéis no valor de US$ 35,238 bilhões. A reestruturação da dívida acarretou numa economia de 65% à Argentina.
Proposta foi recusada por 24% do credores
Aos investidores que se recusaram a aceitar a proposta, que detêm 24% do total do valor em moratória, resta a incerteza, já que o ministro Lavagna descartou a possibilidade de ter que lhes pagar algo no futuro em função da proporção da aceitação da proposta.
Já para aqueles que esperavam uma oferta melhor, o Poder Executivo e o Congresso argentino já haviam aprovado uma lei, com o intuito de forçar a aceitação da proposta, que proíbe o executivo de fazer uma nova oferta de troca de títulos. Segundo Kirchner, aqueles que não aceitaram a proposta devem perder todo seu dinheiro.
Dívida ainda corresponde a 72% do PIB da Argentina
Apesar da grande redução da dívida através da proposta de reestruturação, seu peso sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do país ainda é grande, tendo passado de 113% do PIB do para 72%. O total da dívida argentina atualmente é de US$ 125 bilhões.
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As novas emissões que devem substituir os papéis em moratória serão de US$ 35 bilhões e os 152 tipos de títulos que estavam em default deverão ser trocados por três tipos de papéis.