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A Arezzo (ARZZ3) atendeu ao pedido de sua extensa lista de fornecedores e adiantou os pagamentos como forma de atenuar os efeitos da contração econômica e aperto monetário e de empréstimos bancários. O assunto foi um dos principais da teleconferência de apresentação dos resultados do 1T23, realizado pela empresa, nesta quarta (3).
“Com a taxa de juros elevada, alguns fornecedores pediram para que adiantássemos os pagamentos. Nós entendemos a situação deles, resolvemos assumir as consequências disso aqui no nosso balanço, que é um balanço mais robusto do que do fabricante”, explicou Alexandre Birman, CEO da Arezzo.
“Temos total consciência de que é uma atitude correta, dentro de um momento de tanta estafa para nossos fornecedores”, complementou. A tendência, no entanto, é dessa condição se normalizar ainda esse ano.
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“Isso não foi algo definido como recorrente e pretendemos, então, a partir das compras de verão, que iremos receber no segundo semestre de 2023, voltar aos prazos de pagamento históricos (aos fornecedores)”, disse Birman.
Arezzo quer ajudar fornecedores
Para explicar a operação realiza no início desse ano, o CEO ressaltou que a missão da Arezzo “é zelar pela saúde de seus parceiros, sejam fornecedores ou franqueados”. O executivo também lembrou que na pandemia a companhia já havia feito algo semelhante.
“Na pandemia nós mostramos nosso comprometimento com esse princípio, não cancelando pedidos, conseguindo estender o prazo de pagamento da parcela de royalties para todos os nossos franqueados. Com isso, mantemos todos os nossos fornecedores com sua saúde financeira intacta bem como nossos franqueados”, comentou.
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Rafael Sachete, CFO da Arezzo, disse na teleconferência que a questão envolve um cuidado com a cadeia de abastecimento. “A cadeia está sólida, muito bem estruturada. As parcerias que a Arezzo construiu na sua cadeia de fornecimento são muito longas e esses fornecedores de longa data estão presentes, estão firmes, fortes financeiramente”, garantiu.
“Tomamos uma decisão momentânea num momento de mundo mais incerto, de taxas mais elevadas, e até de escassez de crédito para determinadas empresas. As negociações para o abastecimento do segundo semestre já refletem os mesmos patamares do ano passado”, esclareceu o CFO.