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A autoridade sanitária da Arábia Saudita (SFDA, na sigla em inglês) decidiu suspender a implementação da medida que determinava a redução do prazo de validade de frangos in natura congelados e seus cortes, de um ano para 3 meses, contados da data de abate, informou a companhia de alimentos BRF (BRFS3).
Segundo comunicado divulgado nesta terça-feira, os sauditas também optaram por retirar notificação sobre o tema junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Quando a medida foi anunciada, em meados de maio, a BRF chegou a afirmar que a nova regra poderia afetar as vendas da empresa.
Maior processadora de frango do Brasil, a companhia produz a proteína no mercado saudita por meio de parcerias com empresas locais e também exporta produtos brasileiros para o país árabe.
Na avaliação do Bradesco BBI, a suspensão dessa medida é marginalmente positiva para a BRF, para quem eles possuem recomendação neutra e preço-alvo de R$ 32 por ação, uma vez que a medida anunciada anteriormente poderia ser um desafio para as exportações brasileiras de frango (dado o tempo necessário para processar e embarcar o frango do Brasil para a Arábia Saudita).
Os analistas estimam que a Arábia Saudita responda por 12% do volume total de exportação de frango do Brasil e o país represente 7% da receita consolidada da BRF.
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A Guide também destaca que a suspensão da medida é positiva para as vendas da BRF. “O Oriente Médio é um importante mercado para a companhia, com destaque ao segmento Halal DDP, que teve significativa contribuição no resultado do segundo trimestre, em virtude da forte recuperação do preço dos produtos vendidos na região. A BRF havia anunciado neste ano a aquisição da Joody Al Sharqiya Food Production Factory, em Dammam, na Arábia Saudita, em virtude da importância estratégica daquele país para a empresa brasileira, contando com a intenção de aumentar consideravelmente a capacidade produtiva da fábrica”, aponta o analista Luís Sales.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse em nota que a decisão dos sauditas acolheu argumentos de nações exportadoras, inclusive do Brasil, e de stakeholders locais.
“A acolhida da decisão restabelece os processos de nossas tratativas com o fundamental mercado da Arábia Saudita sob os critérios que norteiam o comércio internacional de alimentos”, afirmou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
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“É uma notícia importante para os exportadores brasileiros, que tem uma sólida e longa relação com este mercado.”
(com Reuters)
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