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RIO DE JANEIRO (Reuters) – Um clima de otimismo em relação à aprovação de Caio Paes de Andrade como presidente da Petrobras (PETR3;PETR4) tomou conta de pessoas próximas a estatal apesar de questionamentos sobre o currículo do executivo indicado pelo governo.
Quatro fontes ouvidas pela Reuters acreditam que até a semana que vem Andrade já estará na função de novo presidente da empresa, após ser eleito pelo Conselho de Administração da Petrobras, provavelmente na próxima segunda-feira.
O governo, acionista majoritário da estatal, pretende com a troca de comando da Petrobras uma abordagem diferente da política de paridade de preços de combustíveis da empresa, que vem causando protestos do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição. José Mauro Coelho, que ficou no cargo de CEO apenas cerca de dois meses, deixou a companhia no início da semana.
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“Vai dar tudo certo, e na semana que vem começa a gestão dele (Andrade)”, disse à Reuters uma alta fonte do governo na condição de anonimato.
Antes disso, o nome do atual secretário de Desburocratização, do Ministério da Economia, ainda precisa ser apreciado pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg) da estatal –trata-se de um órgão consultivo que analisa se o indicado está apto para função.
O comitê se reúne nesta sexta-feira e o parecer será dado por quatro integrantes, dois deles participantes do atual conselho da Petrobras. Em caso de empate, o voto de minerva será dado por um quinto membro, também conselheiro.
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“A expectativa é de aprovação no comitê e depois no CA (Conselho de Administração)”, disse uma segunda fonte.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) encaminharam ao Celeg e ao conselho um documento alertando que Andrade não se enquadraria nos pré-requisitos previstos na Lei das Estatais e no estatuto da empresa.
Na véspera, a conselheira Rosângela Buzanelli chamou de “acinte” ao país a indicação de um executivo sem experiência comprovada na indústria de petróleo.
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Inicialmente, a reunião do conselho para votar a indicação de Andrade estava marcada para esta sexta-feira, mas a tendência é que ela fique para o começo da próxima semana.
“Ainda não há convocação formal, mas seria impossível realizar hoje (sexta-feira). Devemos analisar o material”, afirmou uma terceira fonte.
“Deve ser na segunda-feira”, acrescentou uma quarta fonte, que também falou em condição de sigilo.
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“Nós o indicamos porque temos a certeza de ser um nome preparado e dentro das normais legais”, afirmou uma fonte do governo.
A aprovação de Andrade como membro do conselho e a posterior nomeação como presidente da empresa precisa apenas de maioria simples, de acordo com as fontes, após o pedido de demissão de Coelho ter aberto esta possibilidade.
“Não é unanimidade. (Mas) basta maioria simples para aprovar (no conselho)”, afirmou uma fonte.
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“Às vezes, somente às vezes, nos surpreendemos com o CA”, disse uma das fontes, praticamente descartando que Andrade não venha a ser aprovado.
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