Apple sofre segundo corte de recomendação em início de 2024 difícil

A Apple vem enfrentando uma desaceleração da demanda desde o início do ano passado e previu vendas para o último trimestre de 2023 abaixo das estimativas de Wall Street

Reuters

(Shutterstock)
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(Reuters) – A ação da Apple voltava a recuar nesta quinta-feira, o que fazia o valor de mercado da companhia encolher cerca de US$ 176 bilhões desde o início do ano, depois que a Piper Sandler se tornou a segunda corretora nesta semana a reduzir recomendação sobre a empresa devido às preocupações com a fraca demanda por seus produtos, incluindo o iPhone.

As ações da Apple caíam 1%, atingindo o menor nível em oito semanas a US$ 181,20 dólares. Se a queda se manter, a Apple poderá perder mais de US$ 40 bilhões em valor de mercado no dia.

“Estamos preocupados com os estoques de aparelhos que entram no primeiro semestre de 24 e também achamos que as taxas de crescimento das vendas unitárias atingiram o pico… a deterioração do ambiente macro na China também pode pesar sobre os negócios de aparelhos”, escreveu o analista-chefe da Piper Sandler, Harsh Kumar, em nota aos clientes.

A corretora rebaixou a recomendação das ações da Apple de “overweight” para “neutra” e cortou o preço-alvo em US$ 15, para US$ 205.

A Apple vem enfrentando uma desaceleração da demanda desde o início do ano passado e previu vendas para o último trimestre de 2023 abaixo das estimativas de Wall Street.

A empresa tem lidado com a fraca demanda na China, devido aos gastos menores dos consumidores no país, bem como com o renascimento da rival local Huawei.

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A Apple também pode enfrentar ventos contrários devido a uma disputa de patentes em andamento envolvendo seus novos Apple Watches e um dólar forte, de acordo com Kumar.

Os comentários da corretora ecoam os do Barclays, que cortou recomendação sobre as ações da empresa para uma equivalente a “venda” na terça-feira.

Além das preocupações com o crescimento do iPhone, o Barclays também alertou sobre os riscos para o negócio de serviços da empresa, que têm sido alvo de fiscalização em países como os Estados Unidos, devido a certas práticas da loja de aplicativos da companhia.

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Os analistas, em média, ainda classificam as ações da Apple como “compra”, com um preço-alvo médio de US$ 200, de acordo com dados da LSEG.