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Apple perde US$ 113 bi de valor após reguladores fecharem cerco em ação antitruste

Departamento de Justiça dos Estados Unidos e 15 Estados americanos processaram a companhia, alegando que a empresa monopolizou o mercado de smartphones

Equipe InfoMoney

Logo da Apple em uma loja em San Francisco (Bloomberg)
Logo da Apple em uma loja em San Francisco (Bloomberg)

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As ações da Apple caíram 4,09% nesta quinta-feira (21), levando a uma perda de cerca de US$ 113 bilhões em valor de mercado e elevando a baixa acumulada no ano para 11%. Antes a empresa mais valiosa do mundo, chegando a valer US$ 3 trilhões, a Apple tem um desempenho inferior ao Nasdaq 100 e ao S&P 500 em 2024.

A queda ocorreu após o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e 15 Estados norte-americanos processarem a companhia nesta quinta-feira, alegando que a empresa monopolizou o mercado de smartphones, no primeiro grande esforço antitruste contra a fabricante do iPhone iniciado pelo governo do presidente Joe Biden.

A Apple se junta a uma lista de grandes empresas de tecnologia processadas pelos órgãos reguladores dos EUA, incluindo o Google, da Alphabet, a Meta e a Amazon.com, durante os governos do ex-presidente Donald Trump e de Biden.

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“Os consumidores não devem ter que pagar preços mais altos porque as empresas violam as leis antitruste”, disse o procurador-geral Merrick Garland em um comunicado. “Se não for contestada, a Apple só continuará fortalecendo seu monopólio de smartphones.”

O Departamento de Justiça, ao qual também se juntou o Distrito de Columbia no processo, alega que a Apple usa seu poder de mercado para obter mais dinheiro de consumidores, desenvolvedores, criadores de conteúdo, artistas, editoras, pequenas empresas e comerciantes.

O processo civil acusa a Apple de um monopólio ilegal sobre smartphones, mantido pela imposição de restrições contratuais e pela retenção de acesso crítico aos desenvolvedores.

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“Essa ação judicial ameaça quem somos e os princípios que diferenciam os produtos Apple em mercados extremamente competitivos. Se for bem-sucedido, ela prejudicará nossa capacidade de criar o tipo de tecnologia que as pessoas esperam da Apple – onde hardware, software e serviços se cruzam”, disse a Apple em um comunicado.

A Apple já foi alvo de investigações e ordens antitruste na Europa, Japão e Coreia do Sul, bem como de processos judiciais de rivais corporativos, como a Epic Games.

Um dos negócios mais lucrativos da Apple – sua App Store, que cobra comissões dos desenvolvedores de até 30% – já sobreviveu a um longo desafio legal da Epic.

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Na Europa, o modelo de negócios da App Store foi desmantelado pela nova Lei de Mercados Digitais, que entrou em vigor neste mês. A Apple planeja permitir que os desenvolvedores ofereçam suas próprias lojas de aplicativos – e, o que é importante, não paguem comissões -, mas rivais como Spotify e Epic argumentam que a Apple ainda está dificultando demais a oferta de lojas de aplicativos alternativas.

As decisões sobre a App Store da Apple forçaram o Departamento de Justiça a analisar outras práticas da empresa para fundamentar a acusação, como a forma que a Apple permite que empresas externas acessem os chips e sensores do iPhone.

(com Reuters e Bloomberg)

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