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(Bloomberg) — Apostas na baixa das ações da BRF voltaram a ganhar impulso na semana passada, depois de a gigante de alimentos brasileira anunciar que o resultado de seu plano de desinvestimentos ficou aquém do esperado.
A taxa de vendas a descoberto subiu na sexta-feira para 5,1% das ações livremente negociadas, um ponto percentual acima do registrado dois dias antes, segundo dados compilados pela Bloomberg.
O movimento aconteceu depois que o terceiro maior fornecedor de frango do mundo anunciou na quinta-feira que levantou R$ 4,1 bilhões com um conjunto de medidas que incluiu a venda de ativos, frustrando uma estimativa inicial de R$ 5 bilhões.
A BRF também disse que levaria cerca de 6 meses a mais para alcançar sua meta de alavancagem, o que levou as ações a caírem até 6%, colocando um freio no que até então era um ano de recuperação para a gigante de alimentos. As ações sobem agora 5,7% em 2019, ante 12% antes do anúncio de quinta-feira. Os papéis fecharam 2018 em queda de 40%, encerrando o quarto ano de perdas.
As vendas a descoberto contra a BRF haviam caído ao menor nível em um ano depois que a empresa anunciou, na terça-feira, a indicação de Ivan Monteiro, ex-diretor executivo da Petrobras, como seu novo diretor financeiro. A ação teve a maior alta em quase cinco meses após a notícia.
A BRF, que produz de presunto a pizza congelada, está tentando se recuperar da tempestade perfeita de eventos do ano passado, incluindo um embargo da Europa após um escândalo alimentar.
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A lista de problemas também teve um confronto entre acionistas, um aumento nos custos com ração e tarifas mais altas por parte da China e da Arábia Saudita, que também impôs regras mais rígidas ao abate halal de frangos.